Comer carnes processadas como mortadela, salsicha, linguiça, presunto e salame pode aumentar o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. Pelo menos este foi o resultado de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Washington.
Segundo a revista The American Journal of Clinical Nutrition, os pesquisadores acompanharam 2001 pessoas durante cinco anos, avaliando a associação entre o consumo habitual de carne processada e carne vermelha no aumento da incidência de diabetes.
Pelo estudo, o consumo acima de 11,4g de carne processada por dia, especialmente do tipo spam (spiced ham, no Brasil conhecido como fiambre) foi associada com maior risco para o desenvolvimento de diabetes (razão de chances [OR]: 1,63; intervalo de confiança: 95%). Pr outro lado, o consumo de carne vermelha não processada (acima de 2 porções por semana) não foi associado com maior incidência de diabetes.
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De acordo com os pesquisadores, não é exatamento a carne processada de vaca ou porco que eleva o risco da diabetes e doença cardíaca mas o sal e conservantes que são usados no processo de produção dos mesmos.
"Este estudo contribui para as evidências que identificam o papel importante da dieta como um fator determinante na incidência de diabetes e sugere um alvo alimentar potencial para intervenções, objetivando sua prevenção", concluem os pesquisadores.
Para Renata Micha, da Escola de Saúde Pública de Harvard, pessoas que consomem uma porção de carnes processadas ou menos, por semana, têm menos riscos.
A conclusão dos pesquisadores foi que cada porção diária (50 gramas) de carne processada representa um aumento de 42% no risco cardíaco e de 19% no risco de desenvolver diabetes.