Ao realizar um procedimento cirúrgico que gera algum tipo de lesão, várias preocupações surgem, e o aspecto final da cicatriz. Tornar a cicatriz quase imperceptível não depende apenas do médico ou cirurgião, há outros fatores que definem a aparência do tecido lesionado e a composição do cardápio.
Certas substâncias encontradas nos alimentos têm a capacidade de retardar ou potencializar a reconstrução da área que sofreu uma incisão feita pelo bisturi do cirurgião, ou por um acidente. Alimentos ricos em vitaminas, proteínas, ferro e zinco, consumidos adequadamente, trabalham em conjunto para uma cicatrização rápida e saudável. Portanto, as escolhas alimentares fazem toda a diferença nesse processo e, por isso, é fundamental saber o que deve fazer parte da dieta e o que deve ficar longe do prato.Como ocorre a cicatrização
O organismo enfrenta três fases nesse processo, a primeira é a inflamatória, caracterizada pela coagulação e migração celular, nela é necessário aumentar o aporte de vitamina K e proteínas. Já na segunda acontece a proliferação, ou seja, o desenvolvimento das células, sendo fundamental o consumo de alimentos ricos em vitamina C e minerais, como ferro e zinco. Na última fase acontece a remodelação, processo de maturação e estabilização do colágeno, por isso é essencial a presença de vitaminas e proteínas no organismo.
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Fique longe
A especialista explica que, qualquer lesão já gera uma inflamação normal, sinalizando para o corpo que está na hora de cicatrizar, mas o processo se torna ainda mais complicado quando ingerimos alguns alimentos que causam um estado inflamatório preestabelecido, como é o caso de alimentos processados: "Os níveis de algumas proteínas no organismo são modificados, levando o corpo a um estado inflamatório mais elevado. Os alimentos ricos em gorduras trans, como salgadinhos, biscoitos e congelados, estão n o topo da lista de itens contraindicados nesse processo".
De acordo com Domingues, por serem ricos em sódio, esses alimentos ainda causam um inchaço no corpo, que também atrapalha a recuperação. Os embutidos e os cortes mais gordos de carnes, como picanha e cupim, que são redutos de gorduras saturadas também devem passar longe do prato. "O maior risco da ingestão desses alimentos é que um maior número de células de defesa é recrutado para ajudar a reparar a ferida, isso acaba promovendo mais a formação de colágeno e vasos sanguíneos no local, gerando uma sobrecarga da proteína que aumenta o risco de desenvolver a temida queloide, que nada mais é do que o resultado dessa reação do organismo e consiste em uma cicatriz maior, com excesso de pele. Portanto, para evitar que isso aconteça, o ideal é seguir a dieta corretamente" – finaliza a nutricionista.