Muito se fala que uma alimentação saudável e a prática de atividades físicas ajudam a evitar diversas formas de doenças, inclusive o câncer. Mas como, efetivamente, os alimentos podem contribuir ou não para o desenvolvimento de um câncer?
Primeiramente, no aspecto da obesidade. Pessoas acima do peso ideal são mais propensas a desenvolverem câncer, principalmente o câncer de mama. Além disso, alguns estudos demonstram que indivíduos que ingerem mais vegetais (fibras, vitaminas e sais mineirais) apresentam menor probabilidade de desenvolver a doença, principalmente o câncer de intestino. Sabe-se hoje que determinados nutrientes apresentam um papel protetor quanto ao câncer de um modo geral (licopenos, betacarotenos entre outros....). Por outro lado, devemos ressaltar o problema dos excessos: embutidos, churrasco, alimentos conservados no sal e alimentos defumados, que devem ser usados com moderação. Isso porque algumas pesquisas demonstram que em populações onde a ingestão desses alimentos é muito grande, a incidência de câncer também é elevada.
Os principais tipos de câncer que podem ser associados a má alimentação são o de mama, estômago e intestinos, segundo os profissionais da Oncomed - Centro de Prevenção e Tratamento de Doenças Neoplásicas de Belo Horizonte (MG).
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Por isso, colorir o prato é a ordem quando se quer investir na saúde. Isso porque, ao selecionar alimentos com diferentes colorações, aumentam as chances de que se reúna um número maior de nutrientes variados. Não existe mistério nenhum nisso e as recomendações são simples:
Coma de tudo um pouco; ou seja: coma com moderação;
Ingerir cerca de 3 frutas diferentes ao longo do dia;
Um vegetal verde-escuro pelo menos uma vez ao dia;
Coma menos carne vermelha e acrescente o peixe ao seu cardápio duas vezes na semana;
Diminua o consumo de sucos açucarados e industrializados; dê preferência ao suco natural e beba água e adequadamente;
Limite o consumo de sal e de bebidas alcoólicas;
A amamentação ajuda a prevenir o câncer de mama na mulher e ajuda a prevenir a obesidade no bebê amamentado;
De acordo com informações da Oncomed, no Brasil o consumo de alimentos que contêm fatores de proteção está abaixo do recomendado em diversas regiões do país. Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, que em 2010 entrevistou 54.367 pessoas, o padrão alimentar no país mudou para pior. O brasileiro como muita carne gordurosa, comidas semiprontas, ingere poucas fibras, diminuiu a ingestão do feijão e aumentou a ingestão de refrigerantes e sucos artificiais.
Entretanto, é possível reverter os danos ou riscos de uma má alimentação depois de muitos anos, apenas mudando os hábitos alimentares. Sempre é tempo de buscar a saúde e cuidar de si mesmo. É importante mudar não só hábitos alimentares, mas também adotar hábitos saudáveis. Praticar exercícios regularmente e abandonar o cigarro são fundamentais para quem quer investir na própria saúde.
Uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que um quarto dos casos de câncer de mama e de cólon poderia ser evitado se os pacientes tivessem o costume de praticar uma hora e meia de atividades físicas por semana. O quadro é preocupante quando se analisam os dados sobre sedentarismo em todo o mundo: segundo números da entidade, pelo menos um terço da população mundial é sedentária e 3,2 milhões de mortes causadas por câncer de mama ou de cólon anualmente estão ligadas à falta de exercícios físicos.
Serviço:
Oncomed - Centro de Prevenção e Tratamento de Doenças Neoplásicas
www.oncomedbh.com.br