Suplementação sem acompanhamento é perigosa
Cerca de 10 milhões de pessoas são portadoras de osteoporose no Brasil. No entanto, somente uma a cada três pessoas é diagnosticada. A doença muitas vezes só é descoberta depois de uma fratura pós queda. A população idosa é a que mais sofre com a osteoporose que, muitas vezes, se mantém silenciosa ao longo da vida.
Os alimentos que fornecem grande quantidade de cálcio são leite e derivados, peixes de água fria, vegetais verdes, soja, castanhas e tomate. As pessoas precisam ficar atentas às intolerâncias alimentares e ao consumo excessivo dos alimentos. A vitamina D é muito importante para a deposição de cálcio nos ossos. Para complementar o ciclo de prevenção e tratamento da osteoporose, todos estes cuidados devem ser aliados aos exercícios físicos regulares.
A fase de crescimento é a que a pessoa mais precisa consumir cálcio. Na infância, o ideal é ingerir entre 800mg e 1200mg por dia. Na adolescência, entre 1200mg e 1500mg. Os adultos precisam de 1000mg. Já as mulheres, depois dos 50 anos, voltam a ter a necessidade de 1500mg por dia.
O especialista em medicina esportiva e fisiologia do exercício, Dr. Benjamim Apter, explica que uma das mais importantes características da menopausa é a significante diminuição da produção e secreção dos hormônios ovarianos, principalmente o estrógeno, que é considerado um dos fatores patogênicos dominantes para a osteoporose em mulheres. Ocorre também decréscimo na absorção de cálcio da dieta e um aumento dos níveis de cálcio na urina, por isso as mulheres ficam mais suscetíveis à osteoporose do que os homens.
Além de uma boa alimentação e de praticar exercícios físicos regulares, também é importante a exposição solar por quinze minutos ao dia. A vitamina D é produzida na pele durante a exposição solar. Uma de suas funções é controlar a absorção de cálcio no intestino. Sem vitamina D o organismo não absorve o cálcio ingerido e neste caso deve ser tomada em forma de suplemento.