As temperaturas em queda anunciam a chegada do inverno e convidam ao consumo de delícias quentes, saborosas... e calóricas. Nessa época do ano são comuns a redução da prática de atividades físicas e o aumento da ingestão de alimentos. O exagero no tamanho do prato e a preguiça de praticar exercícios, entretanto, podem ter consequências desagradáveis, como ganho de peso e aumento das taxas de glicemia e colesterol.
A nutricionista Kelly Franco de Lima explica que, em baixas temperaturas, as necessidades energéticas do organismo aumentam para suprir a produção de calor e assim manter a temperatura corporal. ‘São necessárias mais calorias para controlar a temperatura do corpo’, explica.
O perigo está no aumento indiscriminado do consumo de alimentos, principalmente quando a escolha recai em opções extremamente calóricas e gordurosas, como sobremesas à base de chocolate, bebidas alcoólicas e fondues. Uma sugestão da nutricionista é trocar as receitas tradicionais dos pratos por versões mais saudáveis.
Entre os exemplos de substituição, ela cita os chocolates amargos ou desengordurados, o vinho tinto (que ajuda a prevenir doenças cardiovasculares) e a utilização de queijos magros na preparação do fondue. Kelly lembra que os alimentos mais calóricos nem sempre aquecem o corpo. ‘O que esquenta são os pratos mais quentes’, reforça, lembrando que o bom senso e a moderação são as principais regras para se alimentar de maneira saudável sem abrir mão do prazer de consumir alimentos típicos do inverno.
Para aquecer as noites frias, as sopas e caldos de legumes, hortaliças e grãos são uma excelente opção, pois oferecem poucas calorias e muitas fibras, vitaminas e minerais antioxidantes que reforçam as defesas do organismo. Kelly recomenda a utilização de legumes batidos ao invés de creme de leite e requeijão. No lugar das massas, pode-se usar farelo de trigo, aveia, quinua, e amaranto. ‘As fibras ajudam a regular a função intestinal, mantêm o colesterol em níveis normais e provocam a sensação de saciedade. Para acompanhar, dê preferência aos pães integrais, torradas e pão italiano, que é pobre em gorduras.’
Alimentos típicos de verão, como saladas, devem continuar sendo consumidos no inverno, até mesmo em maior quantidade, pois os legumes e verduras são fontes de vitaminas e minerais e constituem antioxidantes essencias para a manutenção da imunidade. De acordo com a nutricionista, a maior resistência imunológica previne doenças de maior incidência na estação, como resfriados, gripes e doenças respiratórias.