A adolescência, assim como a infância, é uma fase crítica para o estabelecimento da saúde e do bem estar ao longo da vida. A maturação sexual, o estirão de crescimento, as situações de estresse e, para alguns, o aumento de atividades físicas intensas são fatores que afetam o estado nutricional e as necessidades do organismo.
Ao mesmo tempo, a rotina dos adolescentes permite que eles tenham maior controle sobre as escolhas alimentares, sendo que, muitas vezes, não são as mais recomendadas para o grupo. A carência de nutrientes pode ter origem em uma variedade de fatores, como a adoção de dietas para perda de peso (muito frequente no caso das meninas), padrões alimentares que excluem grupos de produtos (leite, carnes), refeições ricas em gorduras e pobre em nutrientes, dentre outros.
Saiba por que os nutrientes são um fator chave para o desenvolvimento saudável na adolescência:
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Densidade óssea: otimizar a formação de massa óssea é uma das prioridades na adolescência. É essencial a ingestão de cálcio, flúor, ferro, zinco, fósforo, magnésio, ácidos graxos ômega-3, vitaminas C, D, K, B6, B12 e ácido fólico.
Manutenção do peso: as alterações hormonais, principalmente nas meninas, podem levar ao aumento de peso. Resultados de estudos científicos demonstram que o cálcio, as fibras e os ácidos graxos poliinsaturados têm participação ativa na manutenção do peso.
Pele saudável: a aceitação pelos seus pares é fator crítico para a auto-estima dos adolescentes. No início da adolescência, os indivíduos tomam conhecimento de sua aparência como fator que pode auxiliar ou prejudicar o desenvolvimento social. Cabelo e pele saudáveis são resultado de cuidados externos e boa nutrição. Os nutrientes responsáveis são: zinco, vitaminas C e E, complexo B e biotina (metabolismo, síntese e reparo); vitaminas A e D (crescimento e diferenciação celular); carotenóides e outros nutrientes antioxidantes (proteção contra raios UV, poluição); ácidos graxos ômega-6 (elasticidade, força e hidratação da pele); ácidos graxos ômega-3 (ação antiinflamatória).
*Por Maria Fernanda Elias, nutricionista, Mestre em Saúde Pública e doutoranda em Nutrição Humana Aplicada pela Universidade de São Paulo (USP).