Afinal, adoçantes fazem mal à saúde? Essa é uma pergunta que deixa muitas pessoas preocupadas na hora de servir um cafezinho ou mesmo consumir refrigerantes light ou diet. Constituídos a partir de um edulcorante, os adoçantes tem a capacidade de "adoçar" mais do que o açúcar normal. Atualmente, o consumo do produto tem se tornado normal, contínuo e muitas vezes exagerado. "O adoçante substitui o açúcar não só em casa, mas também vem sendo muito usado pela indústria alimentícia dos produtos diet e light", explica a nutricionista funcional Juliana Trevilini Garcia.
Se por um lado o açúcar virou vilão por ter ligação com algumas doenças - entre elas o diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e pressão alta - por outro os adoçantes também não estão isentos de críticas. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), constatou por meio de um estudo, que vem sendo realizado por mais de 60 anos, que existe uma dose máxima permitida para o consumo de ciclamato para que a substância não cause malefícios à saúde.
De acordo com a nutricionista o consumo saudável de adoçantes é possível se o alimento for ingerido apenas quando necessário e em pequenas quantidades. Também devemos privilegiar as versões que menos agridem o organismo. "Várias pesquisas, mesmo que ainda não conclusivas, apontam que o uso contínuo e indiscriminado de adoçantes, principalmente aqueles que estão presentes na indústria alimentícia, podem causar câncer", alerta a especialista.
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Os adoçantes considerados mais prejudiciais são o asparte, acessulfame, sacarina, ciclamato, e os mais indicados são o sucralose e o stévia. Juliana esclarece que a sacarina e o ciclamato sódico são pouco indicados, pois apresentam níveis elevados de sódio – nocivo aos pacientes hipertensos.
Juliana ainda faz uma ressalva em relação ao ciclamato. "Existem algumas evidências com relação a uma atividade do ciclamato como promotor de câncer ou co-carcinogênico e que o uso da mistura ciclamato-sacarina pode estar associada ao aumento no risco de câncer de bexiga". Já o aspartame e o acessulfame também devem ser utilizados com cautela, por terem suspeitas de serem cancerígenos.
A stévia rebaudiana é derivada de uma planta e possui alto poder de dulçor, não têm qualquer valor calórico, não altera os níveis de açúcar nem de insulina no sangue, e principalmente, não tem efeitos secundários prejudiciais, apenas apresenta sabor residual. "Embora seja um dos indicados, recomendamos sempre que as pessoas diminuam o consumo e procurem sentir o sabor dos alimentos, antes de adicionar qualquer adoçante", orienta a nutricionista.
A sucralose é derivada da cana-de-açúcar. Entre os adoçantes, é o que possui sabor mais próximo do açúcar. "Só não é indicado para pacientes com desordens tireoidianas, por ter em sua composição o cloro".
Para manter a saúde em dia, a nutricionista orienta fazer uma rotatividade entre o consumo do açúcar mascavo e da stévia e evitar a adição dessas substâncias quando possível em chás e sucos naturais. "Assim, aos poucos, você se acostumará e descobrirá um delicioso sabor no que consome, independentemente, da adição de qualquer substância", enfatiza Juliana.