De acordo com um estudo realizado na Universidade de Cardiff, alguns produtos naturais são capazes de combater as bactérias que se espalham pelo nosso corpo, podendo causar até infecções.
Além disso, o estudo se baseou em uma questão: a resistência que o corpo cria naturalmente após a ingestão de antibióticos.
"Grande parte do que fazemos é baseado na ciência e na nova tecnologia, mas há muito o que aprender com a história", afirma o professor Les Baillie à BBC, da Faculdade de Farmácia e Ciências Farmacêuticas da Universidade de Cardiff.
Dessa forma, eles elencaram alguns elementos naturais que ajudam nossa saúde. Confira:
Mel: antibiótico natural
Usado há milhares de anos como antibiótico natural, o mel é tão natural e tradicional que, muitas vezes, as pessoas usam sem saber de seus benefícios.
"O mel foi foi utilizado durante milhares de anos para tratar feridas e, de fato, já é usado em hospitais para tratar pacientes com infecções quando antibióticos não são o suficiente", explica Les Baillie.
Lúpulo da cerveja
O lúpulo, um dos ingredientes principais da cerveja, pode ser utilizado para combater patógenos. "O lúpulo é utilizado há centenas de anos como aditivo aromatizante da cerveja", diz Blaxland à BBC.
"No início do século XVIII, esses lúpulos que eram adicionados à cerveja evitavam que ela azedasse, por isso as pessoas começaram a pensar que talvez eles poderiam ter efeitos antibacterianos", completa.
Chás
"É até surpreendente a quantidade de gente que sabe que o chá contém compostos chamados polifenóis, que matam bactérias", explica Les Baillie.
"Levando em conta de que se trata de uma doença intestinal e que, quando bebemos chá, ele vai para o intestino, chama a nossa atenção a possibilidade de termos um 'super chá' que seja suficientemente alto em polifenóis para conseguir matar aC. Difficile ", diz o cientista.
Na busca por esse "super chá", os pesquisadores analisaram mostras de 37 plantas em todo o mundo, com a colaboração com uma empresa que produz a bebida. "Podemos dizer que até agora o chá verde do leste do Quênia foi o mais efetivo", explica Les Baillie.
Esponjas marinhas
Outra possibilidade encontrada foi a esponja marinha encontradas na costa de Swansea, que também tem possibilidade de combater bactérias. Há alguns anos elas foram até usadas como base para medicamento contra o câncer.
"Esses organismos de zonas temperadas se adaptam facilmente a condições mais difíceis. Isso significa que algumas moléculas podem obter certa vantagem competitiva", diz Alex White, da Universidade de Cardiff.
"Estamos no início de nossa pesquisa, mas fomos capazes de encontrar várias moléculas anti-bacterianos e testá-las contra os agentes existentes", afirma White.
(com informações do site G1 e Catraca Livre)