Fechada desde o dia 21 de novembro, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital Evangélico (HE) voltou a prestar atendimento a partir das 7 horas de domingo (1º).
No final da tarde, a ala já abrigava dois bebês internados (um paciente pediátrico e um recém-nascido). Um terceiro, transferido para o Hospital Infantil antes do fechamento, poderia voltar a ocupar um leito entre ontem à noite e hoje pela manhã. Hoje, dois outros bebês obrigados a sair da unidade no dia 21 poderão retornar ao Evangélico, caso haja concordância dos médicos e das famílias. Dois deles estão no Hospital Infantil e o outro no Hospital Universitário. Até o final da tarde de ontem, a UTI do HE ainda contava com sete leitos desocupados.
Segundo a assessoria de imprensa do hospital, um médico plantonista prestava o atendimento aos pequenos pacientes ontem. Por enquanto, os médicos intensivistas da própria equipe do Evangélico vão atender os bebês. Eles foram remanejados de outros setores.
Nos próximos dias, deverá ser executado o plano de ação que permitiu a reabertura da unidade. Conforme o plano, o Hospital Evangélico deve integrar aos seus quadros médicos autônomos que trabalham no Hospital Infantil. O corpo clínico também deve ter o reforço de quatro médicos cedidos pelo Município. O acordo vale para os meses de dezembro e janeiro, mas a direção do HE garante que a partir de fevereiro médicos que terminarem a residência irão completar a equipe na UTI Neonatal.
O secretário municipal de Saúde, Francisco Eugênio de Souza, afirmou que hoje será feito uma avaliação de disponibilidade dos médicos para montar as próximas escalas. Da mesma forma, a direção do Evangélico deve consultar os médicos que hoje trabalham no Hospital Infantil.
A Procuradoria Geral do município deu parecer favorável à cessão dos servidores desde que não haja prejuízo ao atendimento da população e aos cofres públicos. Ressaltou também que o acordo deve ser apenas para os meses de dezembro e janeiro.
A UTI Neonatal do Evangélico foi fechada por falta de médicos. A equipe que trabalhava na unidade entregou uma carta à direção do hospital informando que não prosseguiria com os atendimentos por atrasos salariais e pelo baixo valor pago pela tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). (Colaborou Luciano Augusto/Equipe Nosso Dia).