Única estratégia comprovadamente segura para acabar com a pandemia da Covid-19 ao longo dos próximos anos, a vacinação ainda não foi capaz de provocar uma diminuição do número de novos casos em Londrina. Dessa forma, o distanciamento social e o uso de máscaras ainda são altamente recomendados.
É o que apontam os dados mais recentes da Simulação do Espalhamento da Covid-19 em Londrina, monitoramento desenvolvido por docentes e alunos de pós-graduação que atuam no LabSan (Laboratório de Simulação e Análise Numérica), do Departamento de Matemática da UEL (Universidade Estadual de Londrina).
O monitoramento começou no final de abril do ano passado, ainda no início da pandemia. Os pesquisadores desenvolveram um modelo matemático epidemiológico que leva em consideração o número de pessoas que estão suscetíveis à doença, além de expostos (casos suspeitos), infectados e removidos. Neste último grupo, estão incluídos os vacinados, os recuperados e os óbitos, tendo sido incluída, também, taxa de eficácia de não contaminação após a vacinação da ordem de 50%.
"É importante diferenciar aqui a eficácia e a eficiência. Eficácia trata-se dos números divulgados pelas fabricantes das vacinas, que foram calculados em um grupo de pessoas que vivenciaram o uso da vacina para ser aprovado ou não de forma emergencial. Eficiência é demorado. Vai ter que chegar ao ponto de todas as pessoas serem vacinadas e se calcular quantas entraram em óbito, quantas foram curadas etc. Vai demorar mesmo”, aponta o coordenador do programa de pós-graduação em Matemática Aplicada e Computacional da UEL, Eliandro Cirilo.