A Secretaria de Estado da Saúde orienta os médicos para que receitem o antiviral oseltamivir para casos suspeitos de gripe A (H1N1). Desde o início do ano, já foram diagnosticados 62 casos da doença no Paraná, dos quais 34 confirmados neste mês. Foram registradas duas mortes em decorrência da doença: um morador de Astorga, em março, e um paranaense que adoeceu no Estado, mas morreu no Nordeste, em janeiro.
"Os médicos podem solicitar a coleta de amostras até o quinto dia após o início dos sintomas para confirmar a síndrome gripal, mas não é necessário aguardar o resultado dos exames para prescrever o antiviral", explica o superintendente de Vigilância em Saúde da secretaria, Sezifredo Paz. O medicamento é gratuito e é liberado nas unidades de saúde, mediante a apresentação da receita médica em duas vias.
O modelo de prescrição do oseltamivir está disponível na página da Saúde na internet[/link]. Todos os municípios paranaenses têm em estoque as apresentações pediátricas do medicamento (12 mg, 20 mg, 25 mg, 30 mg e 45 mg) e a adulta (75 mg).
"É importante estarmos alertas para o aumento de casos de gripe A no Estado, porque o clima tem favorecido as síndromes respiratórias. Não podemos esperar o quadro se agravar para intervir com o medicamento, que está disponível e pode salvar vidas", completa o superintendente. Em Santa Catarina, 253 pessoas foram diagnosticadas com Gripe A este ano e 15 morreram. Outras 47 tiveram influenza sazonal e três pessoas morreram.
VACINA – A campanha de vacinação da gripe deste ano imunizou 1,5 milhão de pessoas no Paraná. A meta do Ministério da Saúde era de vacinar 80% da população de crianças de seis meses a menos de 2 anos, gestantes, idosos a partir dos 60 anos, profissionais de saúde que atuam diretamente no atendimento a pacientes de síndromes gripais, indígenas e população carcerária. O Estado vacinou 87% desse público.
As unidades de saúde que ainda têm em estoque doses da vacina antigripe podem continuar imunizando a população, priorizando pacientes com doenças crônicas, que são mais suscetíveis às doenças respiratórias.