O Sistema Único de Saúde (SUS) oferecerá teste rápido de triagem para o diagnóstico de sífilis. Até o fim deste ano, o Ministério da Saúde pretende adquirir 392 mil kits para implementação o teste na rede pública. A ação fará parte da celebração do Dia Nacional de Combate à Sífilis, realizado todo terceiro sábado de outubro.
O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde já capacitou 350 multiplicadores para treinar profissionais de saúde e implantar a testagem rápida. Até o final do ano, 680 técnicos estarão capacitados a orientar os serviços locais sobre como realizar o exame, segundo o Ministério.
No Brasil, dados da pasta mostram que a prevalência de sífilis em parturientes encontra-se em 1,6%, cerca de quatro vezes maior que a prevalência da infecção pelo HIV.
"O esforço é para conseguirmos eliminar a forma congênita da doença, aquela que é transmitida de mãe para filho, até o ano de 2015. Esses casos são inaceitáveis e revelam dificuldades de acesso a um pré-natal de qualidade que precisam ser superadas rapidamente", disse o Secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
De 2005 a 2010, foram notificados 29,5 mil casos de sífilis em gestantes, no país. A maioria dos casos no período ocorreu nas Regiões Sudeste e Nordeste, com 9.340 (31,6%) e 8.054 (27,3%) de casos, respectivamente. No ano de 2009, a taxa de detecção para o país foi de três casos por 1.000 nascidos vivos, sendo que as maiores taxas estão nas regiões Centro-Oeste, com 5,2 e Norte, com 4,5.
Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano no mundo ocorrem aproximadamente 12 milhões de novos casos da doença. No Brasil, as estimativas da OMS de infecções de sífilis por transmissão sexual, na população sexualmente ativa, a cada ano, são de 937 mil casos.