O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou, em entrevista exclusiva à Agência Brasil, que o programa Conecte SUS, em fase de testes no estado de Alagoas, é o primeiro passo para informatizar e modernizar a rede de atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde).
A iniciativa cria uma rede nacional de dados que permite que usuários do SUS tenham perfis acessíveis por qualquer profissional de saúde. Dessa forma, todos os procedimentos e recursos utilizados por esses pacientes vão estar disponíveis em um banco online. De acordo com o ministério, dados como vacinação, procedimentos cirúrgicos, exames, consultas regulares e medicamentos receitados vão constar na ficha médica do paciente.
De acordo com o ministro, o uso de tecnologia para criar filtros e estabelecer parâmetros nos atendimentos vai agilizar as filas de espera e, também, vai auxiliar na distribuição de recursos estaduais e municipais de forma mais inteligente.
A expectativa do ministro é que metade dos estados brasileiros esteja ligada ao Conecte SUS até o final de 2021. Segundo Mandetta, instituições públicas e privadas ligas à saúde vão ter acesso às informações cadastradas nos perfis.
Sobre o tempo de espera dos pacientes no SUS, Mandetta acredita que a inteligência artificial pode ajudar. "Acreditamos que, a partir do uso da Rede Nacional de Dados (RNDS), teremos uma visão macro sobre os padrões de atendimento e, com isto, gerar dados robustos para a tomada de decisão, entre elas, a diminuição da fila. O uso de inteligência artificial pode auxiliar a identificar prioridades", declara em entrevista à Agência Brasil.
O ministro afirma que o projeto piloto em Alagoas vai ajudar a pasta a identificar o impacto que o Conecte SUS teve na população e nos atendimentos. Além do sistema, Mandetta conta que existem outros projetos tecnológicos em vista, como a carteirinha de vacinação digital.