O site do Senado está com uma consulta pública de votação para "regular a interrupção voluntária da gravidez, dentro das doze primeiras semanas de gestação, pelo sistema único de saúde".
Na ementa, o texto se apoia em números do Ministério da Saúde que apontam para a ocorrência de mais de 1,25 milhão de abortos ilegais, por ano, no Brasil. Ainda de acordo com o documento, alguns dos problemas que levam mulheres a procurarem clínicas clandestinas de aborto são problemas familiares, a ausência ou falta de apoio do pai, problemas financeiros para cuidar de um filho, insuficiência de programas de apoio financeiro para as famílias e a falta de acesso ou a rejeição a métodos contraceptivos. Até quarta-feira (4), a votação estava em 280.102 votos a favor e 280.126 contra. Para participar da consulta pública basta clicar aqui e acessar o site do senado.
Leia mais:
92% dos estabelecimentos de saúde brasileiros estão digitalizados, diz pesquisa
Primeiros casos de Mpox são confirmados em Londrina
Novas vacinas contra tuberculose esbarram em subfinanciamento de pesquisas
Infarto pode ser confundido com ataque de pânico?
Recentemente, a Câmara dos Deputados da Argentina aprovou o projeto que descriminaliza o aborto nas primeiras 14 semanas de gestação, com 129 votos a favor, 125 contra e uma abstenção. Já na última terça-feira (4), o Senado argetino iniciou a discussão em comissões do projeto e a Câmara alta irá debater no dia 8 de agosto. Se a lei for aprovada pelo Senado e sancionada pelo presidente Maurício Macri, a Argentina será um dos poucos países da América Latina a descriminalizar a prática, ao lado de Cuba e do Uruguai.