O Sindicato dos Delegados de Policia do Paraná (Sindepol) divulgou uma nota na manhã desta terça-feira (26) defendendo a delegada Paula Brizola, do Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa), responsável pelas investigações no Hospital Evangélico de Curitiba.
No documento, assinado pelo presidente do órgão, Jairo Estorilio, o sindicato afirma que o Nucrisa seguiu os padrões internacionais, utilizando todos os recursos atuais de intervenção permitidos pelo Estado de Direito, tais como interceptação telefônica, infiltração, oitivas de testemunhas e requisição de documentos. "A repercussão ocorrida na mídia foi consequência da gravidade do fato investigado, sendo repassado a imprensa o mínimo de informações necessárias ao entendimento do caso, havendo também curiosamente uma grande participação do próprio advogado da indiciada na propagação 'midiática', como citou o advogado do hospital", diz trecho da nota.
De acordo com a entidade, em momento algum se pode falar em abuso de autoridade, "o que aponta clara tentativa de intimidar a investigação que avança de forma inevitável".
O órgão argumenta, ainda, que o sigilo do inquérito policial foi decretado pelo judiciário no sentido de resguardar inclusive a própria indiciada, tomando a delegada do caso todos os cuidados para evitar qualquer irregularidade.
"Resta considerar que embora a classe medica mereça todo o respeito pelos nobres serviços que presta a sociedade, devemos lembra-los que não estão acima da lei e por isso sujeitos ao crivo da investigação criminal quando necessário", completa.