Os servidores do Hospital Universitário (HU) e da Universidade Estadual de Londrina (UEL) que praticam carga horária diferenciada entrarão em greve a partir das 6h desta quinta-feira (2).
A decisão foi tomada em duas assembléias realizadas nesta segunda-feira (29), no campus e no HU, pelo Sindicato dos Servidores Públicos Técnico-Administrativos da Universidade Estadual de Londrina (ASSUEL), com participação de mais de 500 servidores.
A greve será realizada contra a determinação do governo estadual de aumentar a jornada de trabalho para 40 horas semanais sem aumento de salário. Hoje, dos aproximadamente 3.600 servidores da universidade, cerca de 1.200 em 12 categorias diferentes praticam outras jornadas semanais como 36 horas, 30 horas e 24 horas. Entre estas categorias, estão profissionais da área enfermagem, odontologia, radiologia, fisioterapeutas, jornalistas, assistente social, telefonistas entre outros.
De acordo com o presidente da ASSUEL Sindicato, Marcelo Alves Seabra, estes servidores foram contratados em concurso público com a jornada de trabalho adequada a legislação específica da profissão e acordo coletivo de trabalho e não podem ter a carga aumentada sem nenhum tipo de negociação.
Seabra diz que o governo do estado havia se comprometido a não implantar a jornada de 40 horas, enquanto a negociação não fosse finalizada. "Nós havíamos solicitado ao Estado que não implantasse a carga horária de 40 horas nas universidades a partir de hoje, 29 de abril, enquanto a comissão de negociação que analisa o caso tivesse finalizado os trabalhos. Porém ele não cumpriu", afirmou.
Os servidores querem que o governo respeite a carga horária diferenciada e que assuma a posição de não aumentar para 40 horas.