Quase 9 mil atendimentos
Em transmissão ao vivo na noite deste domingo (30), o secretário municipal de Saúde Felippe Machado e o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, anunciaram a identificação de mais três surtos do novo coronavírus na cidade.
Segundo Machado, no Creslon (Centro de Reintegração Social de Londrina) há 125 detidos do regime semiaberto confirmados para Covid-19. Os demais testaram negativo. O secretário informou que todos estão assintomáticos e a Saúde permanece monitorando todos os casos e daqui uma semana novos exames serão realizados. A testagem foi iniciada no local após um agente ter realizado exames e identificado a doença.
Na Reserva do Apucaraninha dos 49 moradores que transitam entre a reserva e Londrina, 20 testaram positivo. Os negativados foram orientados a retornarem ao local, enquanto os positivados permanecem na cidade para serem monitorados. "Em várias ações, nós orientamos que permanecessem na reserva em Tamarana e evitassem vir para Londrina durante a pandemia, mas muitos permaneceram nesse trânsito", explicou o secretário.
Machado apresentou que o terceiro surto identificado foi em um asilo da cidade. Conforme informou, dos 82 exames coletados, 20 positivaram até o momento, entre idosos e funcionários. "Nossa equipe fará monitoramento desses idosos por 21 dias com testes sorológicos. A maioria deles está assintomático. Dois foram internados em enfermaria. A secretaria do Idoso tem também uma médica responsável por fazer esse elo entre as instituições e a secretaria", esclareceu.
O secretário apresentou que os surtos anteriores registrados em asilos da cidade foram controlados. Três baterias de testes foram realizadas no asilo onde teve um surto no mês de maio. Nos demais asilos, duas baterias de exames foram realizadas.
"É preciso ter consciência"
Além de Felippe Machado falar sobre os surtos na cidade, o prefeito reforçou que é preciso ter consciência neste momento de pandemia, principalmente por conta do Sul do Brasil estar vivendo o pior momento da pandemia. "Aqui em Londrina não é diferente", afirmou.
"Vamos trabalhar sempre com bom senso e equilíbrio para encontrar um caminho. Mas nós identificamos um vídeo postado no final de semana passado por uma pessoa no Instagram, que a Guarda Municipal foi avisada só depois da festa, então não deu para abordar. O que falta na cidade é consciência. O jovem quando vai pra uma festa, vai pegar o coronavírus e passar para o pai, para a mãe. São 6 mil notificações e multas em Londrina. Mas, adianta? Resolve? Não resolve. Não tem como a Guarda Municipal, os fiscais da prefeitura e a PM rodarem a cidade inteira. Não tem como saber se está rolando futebol, festa em chácara", destacou Belinati.
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Para Felippe Machado, essas pessoas colocam a cidade inteira em risco por conta de irresponsabilidade. "É revoltante para todo segmento da saúde que está na linha de frente no enfrentamento da doença. Estamos faz seis meses nos dedicando e nos colocando em risco", disse.
"Faz seis meses que ele não vai para casa ver a filha e a esposa com medo de passar pra elas. Faz seis meses que eu não vejo direito minha mulher, meus filhos e minha mãe. É revoltante. Vocês colocam as vidas em risco. Se vocês pegarem, alguém vai tratar vocês e ainda pode pegar o vírus de vocês", ressaltou.