Profissionais da rede pública municipal de saúde estão participando de encontros periódicos para educação permanente em auriculoterapia. O último encontro está previsto para julho deste ano e as reuniões acontecem na Villa da Saúde. A capacitação pretende fortalecer as práticas complementares integrativas do município, como a homeopatia e fitoterapia.
A técnica da auriculoterapia é um método chinês semelhante à acupuntura, no qual são utilizadas sementes em pontos específicos das orelhas. A atividade, que é realizada pela Secretaria Municipal de Saúde, desde novembro de 2013, está capacitando um grupo de 20 profissionais da rede pública, entre eles dentistas, fisioterapeutas, médicos e enfermeiros. Nos encontros os participantes têm como tutor o médico acupunturista da rede municipal, Eduardo Minoru Shiratóri.
A formação dos profissionais da saúde é uma educação permanente, no qual se utiliza a metodologia ativa. Ela consiste na utilização de ferramentas pedagógicas com instrumentos de avaliação, acompanhamento e planejamento, todos feitos coletivamente pelos próprios profissionais. Estes aplicam a técnica aprendida em parte dos atendimentos realizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e na Maternidade Municipal Lucilla Ballalai.
Assim, todo o processo é registrado e há avaliação periódica com feedback para analisar o percurso da implementação da técnica até o momento. Os encontros de auriculoterapia estão em sua sexta edição, sendo que cada evento gera 4 horas de carga horária para os profissionais. A última edição aconteceu no dia 19 de março deste ano e a próxima está prevista para o início de julho.
A auriculoterapia é complementar aos tratamentos alopáticos convencionais, aqueles que utilizam medicamentos de síntese feitos em laboratório. "A técnica colabora para a redução dos sintomas sem a necessidade do uso de medicamentos de síntese (alopáticos) e melhora as dores causadas por quadros crônicos", afirma a assessora técnica da Diretoria de Planejamento e Gestão de Saúde da Secretaria de Saúde, Sônia Hutul Silva.
Em Londrina, há outras técnicas integrativas complementares como a fitoterapia, a acupuntura em implementação e a homeopatia também em processo de implantação. Todas essas atividades, inclusive a auriculoterapia fazem parte da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS), todas normatizadas pela portaria 971 de 3 de maio de 2006.