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Santa Casa e HU suspendem atendimento

17 set 2010 às 11:00

O sistema de saúde de Londrina volta a preocupar autoridades e comunidade em geral. Os hospitais estão superlotados e, em função disso, o Samu e o Siate sentem dificuldades para encaminhar os pacientes. Os prontos-socorros (PSs) das principais instituições estão com atendimento restrito ou suspenso. Os médicos do Evangélico não estão atendendo pacientes do SUS, que dariam entrada no PS. A paralisação já entra no quarto dia.

Na tarde de ontem o Hospital Universitário (HU) restringiu o atendimento nos prontos-socorros Cirúrgico, Médico e Ortopédico. Havia 59 pacientes internados onde o espaço comportava 48 pessoas. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, a ocorrência não tem relação com a greve dos médicos e o fechamento do Evangélico, porque a superlotação ocorre com frequência no HU.


Com a paralisação no Evangélico e a restrição no HU, a Santa Casa ficou sobrecarregada e também suspendeu o atendimento. Na tarde de ontem, 11 pacientes estavam sendo atendidos no PS e havia 19 pessoas internadas no setor - onde há vagas para quatro -, e dois pacientes estavam recebendo atendimento de UTI no pronto-socorro, enquanto aguardavam vaga no setor adequado.


Além dos hospitais de referência, os secundários também enfrentaram dificuldades. De acordo com o diretor-geral do Zona Sul, Wilson Battini, na tarde de ontem havia 50 pessoas internadas no PS, sendo que a capacidade é de 41. ''Com os outros hospitais superlotados, percebemos que o fluxo de chegada de pacientes aqui é maior que o normal'', declarou.


Para Elzo Carreri, diretor do Zona Norte, o fechamento de um serviço de saúde reflete em todo o sistema. ''Tivemos alguns momentos difíceis hoje (ontem). A procura espontânea dos pacientes não aumentou muito, mas recebemos muitos pacientes pelo Samu e Siate. Para um hospital de média complexidade como o nosso, receber dois ou três pacientes graves, que exigem mais recursos, altera a rotina e dificulta o atendimento como um todo.''

Para a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a situação é bastante delicada. ''Mesmo alegando falta de vagas, encaminhamos o paciente ao hospital e o deixamos na nossa maca. Por conta disso, já estamos com uma ambulância parada no estacionamento por falta de macas para atender as ocorrências'', disse o coordenador de enfermagem do Samu, Willian Paduan.


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