Todos os anos, no final de março, habitualmente os medicamentos sofrem reajuste. O aumento é determinado pela Câmara de Regulação de Medicamentos (CMED). Segundo estimativas da Associação Brasileira de Comércio Farmacêutico (ABCFARMA), a expectativa é que em 2014, os preços fiquem, em média, 3,5% mais caros.
Na lista de medicamentos estão 16775 itens, sem contar os fitoterápicos, homeopáticos e algumas classes com alto nível de competição, mas os genéricos, que correspondem a 4695 itens, também poderão sofrer reajuste.
Contrária ao reajuste, a ABCFARMA e outras entidades do setor está apoiando a desoneração dos medicamentos.
Segundo, o diretor executivo da instituição, Renato Tamarozzi, os reajustes de preços dos remédios não acompanham os custos das farmácias e drogarias. "Os índices apresentados não acompanham os reajustes de salários e o aumento dos custos das empresas que atuam no comércio farmacêutico e as microempresas do segmento são as que mais sentem o impacto", diz.
No Brasil, o porcentual de tributação que incide sobre os medicamentos chega a 34%, contra 6% da média mundial.
Atualmente tramitam no Congresso mais de um projeto sobre o tema. No mês de fevereiro, entidades contrárias ao reajuste entregaram um abaixo-assinado com 2,7 milhões de assinaturas em Brasília. Para isso, foi criada uma Comissão Especial destinada a debater a redução dos impostos sobre os medicamentos.