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Quem tem sequelas da pólio reforça importância da vacina

Micaela Orikasa - Grupo Folha
19 set 2022 às 08:36

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- Tomas Silva/Arquivo Agência Brasil
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A história de vida da atleta paralímpica de Londrina, Marcia Menezes, se cruza com a do médico pneumologista de Cascavel (Oeste), Humberto Golfieri Junior, por uma importante questão de saúde pública. Ambos contraíram a poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, nos primeiros anos de vida e convivem com as sequelas da doença.  


Aos 54 anos, a atleta londrinense lembra das inúmeras cirurgias e sessões de fisioterapia devido a falta de movimentos na perna direita. Com o passar dos anos, a força acumulada na perda esquerda acabou gerando um desgaste no joelho e hoje Menezes não consegue mais caminhar. Ela faz uso de cadeira de rodas e, em alguns momentos, de muletas.

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A ameaça está de volta

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A Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) estima que cerca de 200 mil casos anuais de paralisia infantil podem ser registrados dentro de uma década, caso a doença não seja erradicada através da vacinação.

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O alerta foi divulgado pela SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) que, com o apoio do Unicef, Bio-Manguinhos/Fiocruz, Rotary Club, AACD, e as sociedades brasileiras de Pediatria, Infectologia e Ortopedia e Traumatologia, mobiliza a campanha “Paralisa infantil – a ameaça está de volta”, com o objetivo de alertar a população sobre o perigo da doença e estimular a adesão à campanha de vacinação.


De acordo com a SBIm, o recuo da vacinação no Brasil começou em 2016. Desde então, exceto em 2018, a cobertura mínima para o controle da doença (95%) não é atingida. Os resultados se tornaram ainda piores após o início da pandemia. Em 2021, 30% das crianças menores de 1 ano não foram vacinadas, 40% não receberam o reforço do primeiro ano de vida e 55% não receberam o reforço dos 4 anos. Os números são do DataSUS.


Saiba mais na Folha de Londrina.

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