Um estudo apresentado neste mês no 26º Congresso Brasileiro de Cefaleia revelou que 7,9% das crianças de 5 a 12 anos têm enxaqueca.
Uma das conclusões obtidas no estudo é de que as crianças com dores de cabeça têm o desempenho escolar prejudicado. O neurologista Marco Antonio Arruda, autor do estudo, disse em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, que a enxaqueca pode trazer sérios prejuízos às crianças. "Quando não recebe atendimento adequado, essa criança pode desenvolver dificuldades emocionais", alegou.
O levantamento indicou que 17,9% das crianças nunca se queixaram de dores de cabeça. Cerca de 0,6% delas apresentam a forma crônica da doença, ou seja, sofrem de dores por mais de 15 dias no mês.
Quanto ao desempenho escolar, a pesquisa concluiu que o risco de déficit de atenção durante a aula é 2,8 vezes maior do que entre crianças que não relatam dores de cabeça. O risco de ter um aproveitamento abaixo da média é 32,5% maior entre as crianças com enxaqueca e 37,1% maior entre as que sofrem com a doença crônica.
O relatório também revelou que 32,5% das crianças com enxaqueca perdem dois ou mais dias de aula. Transtornos emocionais como depressão e ansiedade tem maior risco nessas crianças, com índice de 5,8 vezes mais que nas saudáveis.
(Com informações de O Estado de São Paulo)