O projeto de pesquisa desenvolvido pela Faculdade de Medicina (FM) da Unesp, visa acompanhar mulheres tabagistas durante o período gestacional e após o parto para aplicar intervenção baseada em sessões de aconselhamento.
O estudo, é conduzido por André Luís Bertani, do Programa de Pós-Graduação Fisiopatologia em Clínica Médica, com orientação da professora Irma de Godoy, da Disciplina de Pneumologia da FM.
De acordo com os principais órgãos de controle do tabaco, a prevalência de tabagismo reduziu consideravelmente nos últimos anos. A redução ocorreu principalmente entre os homens, enquanto as mulheres continuam fumando na mesma proporção.
Segundo o estudo da FMB/Unesp, a mulher fumante está exposta aos mesmos riscos de doenças relacionadas ao tabagismo que ocorrem nos homens adicionados àqueles específicos à feminilidade, como menopausa precoce e infertilidade.
"A mulher fumante quando engravida e não consegue interromper o vício tem risco muito maior de ocorrência de uma série de complicações na gestação e também coloca em risco o feto/recém-nascido e a criança", salienta Bertani.
O projeto visa aconselhar as mulheres fumantes e será feito com apoio de um material exclusivamente produzido para orientar as gestantes sobre as consequências do tabagismo durante a gravidez, incluindo vídeo e manual.
"O período gestacional gera desejo de cessação espontânea do tabagismo, mas nossa intenção é aumentar a taxa de cessação neste período e contribuir para a manutenção da abstinência no pós-parto", acrescenta Bertani.
(Com informações unesp)