Profissionais da rede pública de saúde receberão uma capacitação a partir deste mês. Vinte pessoas, entre médicos, enfermeiros e fisioterapeutas foram escolhidos para participar do curso de auriculoterapia, um tratamento baseado na medicina chinesa que é realizado a partir de pontos localizados na orelha. O curso será semipresencial, com as aulas sendo ministradas e os profissionais aplicando as técnicas aprendidas durante a aula já em atendimentos. No total serão três encontros, sempre na Villa da Saúde.
O médico responsável por ministrar a capacitação é o doutor Eduardo Shiratori, que é médico da rede municipal de saúde. A auriculoterapia faz parte de novas aplicações médicas que vem ao encontro com a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, que está sendo desenvolvida em todo o país.
Shiratori explicou como funcionará a dinâmica do curso. "Esta capacitação terá uma aula introdutória onde iniciaremos com a filosofia da medicina tradicional chinesa, que como outras áreas complementares, pensam no ser humano de maneira holística. Isto significa que há necessidade de inter-relacionamento entre as mais diversas queixas do paciente, associando sinais e sintomas. A princípio começaremos com duas aulas com intervalo de dois meses e a seguir, se houver necessidade, continuaremos com outras capacitações. Estas primeiras serão para algumas dores articulares mais comuns."
O médico observou que o objetivo principal é diminuir a utilização de medicamentos. "Nós queremos diminuir a medicalização, pois para algumas patologias o que temos de opção são medicamentos, e se estes não tiverem o resultado esperado, normalmente se faz a troca do anti-inflamatório. A auriculoterapia atua através de reflexos e para algumas queixas o resultado pode ser muito rápido."
Shiratori lembrou que o curso é importante, pois forma profissionais que serão agentes disseminadores dessa forma de terapia. "A capacitação será ministrada para os profissionais da área da saúde Queremos que eles coloquem em prática tanto nas UBS quanto no seu cotidiano, com os familiares e observem os resultados. Uma vez capacitados, esperamos que eles trabalhem para que essa forma de tratamento, que é menos invasiva, seja conhecida e adotada por outros profissionais."