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Pílula com chip ajuda a evitar rejeição em transplantados

11 nov 2010 às 17:15

A gigante farmacêutica Novartis está desenvolvendo um remédio que contém um microchip capaz de anunciar problemas de rejeição de órgãos em pessoas transplantadas. O medicamento espera ser aprovado para uso na Europa dentro de 18 meses.

O chip é ativado pelo ácido do estômago e transmite informações a um adesivo anexado à pele do paciente, cujo conteúdo pode ser acessado pela internet ou smartphone (celular que tem funções de computador). A aplicação em pacientes transplantados terá a função de ajudar a evitar a rejeição do órgão.


Um problema comum que ocorre após transplantes é ajustar a dose e o tempo de tomar medicamentos antirrejeição, que devem ser monitorados com frequência para evitar a rejeição do órgão. Com o microchip o problema deve ser solucionado, já que ele teria o papel de monitorar se as drogas estão sendo tomadas no momento certo e na dose correta.


Em janeiro deste ano, a Novartis gastou R$ 41 milhões (US$ 24 milhões) para garantir o acesso à tecnologia, inventado e desenvolvido por uma empresa privada da Califórnia, a Proteus Biomedical. O microchip é capaz de coletar a frequência cardíaca, temperatura e movimentos corporais, que podem indicar se as drogas estão funcionando como esperado.


Os microchips serão adicionados aos medicamentos já existentes, mas a empresa pretende realizar testes de bioequivalência para mostrar que os efeitos das pílulas mantêm-se inalterados com a adição do microchip.


Trevor Mundel, porta-voz da área de desenvolvimento global da farmacêutica, afirma que a privacidade dos pacientes será protegida, já que informações colhidas por meio de tecnologia Bluetooth (sistema de transmissão de dados sem fio) poderiam ser interceptadas por alguém que não seja o médico.

Apesar do uso do microchip ser focado para remédios que impedem a rejeição em pacientes transplantados, há tendência da tecnologia se espalhar para outras áreas da medicina, segundo Mundel.


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