Se a maior preocupação das mulheres com relação às pílulas contraceptivas era a probabilidade do aumento de peso, é bom ficar de olhos bem abertos. Existem casos de trombose retiniana vascular e neurite óptica relacionados ao uso de contraceptivos orais combinados, que podem resultar em perda total ou parcial da visão. "O tromboelismo vascular, que é a coagulação do sangue no aparelho circulatório e a obstrução do vaso sangüíneo, é formado pela tríade: parede do vaso lesado, fluxo sangüíneo modificado e alteração da coagulação", explica o oftalmologista Hilton Medeiros.
Ainda segundo o médico, Neurite Óptica é uma inflamação desmielinizante do nervo óptico, ou seja, doença na qual há redução da mielina (substância composta de lipídios e proteínas) que envolve o axônio dos neurônios (prolongamento mais longo da célula neuronal, onde passam impulsos nervosos até outra célula neuronal), como se fosse o isolamento de um fio elétrico.
A Neurite Óptica pode ou não estar associada a doenças sistêmicas, sendo a Esclerose Múltipla a mais comum. Também pode ocorrer devido a processos infecciosos da órbita ou dos seios paranasais ou no curso de uma virose. "A incidência dessa patologia é duas vezes mais comum em mulheres. Sendo as caucasianas mais afetadas a partir da faixa etária dos 20 aos 45 anos. Mas ocorrem casos raros em idosos e crianças também", declara o oftalmologista.
A probabilidade desses eventos é ainda maior em mulheres com fatores de risco subjacentes. Os sinais ou sintomas de alterações visuais são: início de proptose, que configura o deslocamento do globo ocular para frente; diplopia, que se refere às imagens de objetos duplicados; papilidema, que é o excesso de líquido nos tecidos do disco óptico; e lesões vasculares retinianas.
Também é necessário ter cuidado ao prescrever contraceptivos orais combinados para mulheres com fatores de risco para eventos tromboembólicos e trombóticos arteriais, como: fumo; algumas trombofilias hereditárias e adquiridas; hipertensão;
hiperlipidemias; obesidade; idade avançada; e o risco de avc pode ser maior em usuárias de contraceptivo que sofrem de enxaqueca, particularmente enxaqueca com aura.
As informações são da assessoria de comunicação e marketing da Caravana Produções.