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Parar de trabalhar pode não fazer bem para a saúde

Redação Bonde
09 nov 2015 às 17:21

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- Divulgação
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Muitas pessoas acalentam o sonho da aposentadoria onde o parar de trabalhar representa o justo descanso de uma longa jornada que, para a grande parte, começou muito cedo na vida. Outros tantos querem continuar trabalhando, mas o mercado não absorve trabalhadores com idade mais avançada. A temática da relação entre envelhecimento, aposentadoria e saúde vem sendo bastante estudada devido, principalmente, ao rápido aumento da expectativa média de vida da população.

Avançando no entendimento deste tema, foi publicado na edição de setembro da revista científica Preventing Chronic Disease um grande estudo realizado nos Estados Unidos, que teve como objetivo avaliar parâmetros de saúde comparando pessoas em idade de aposentadoria que continuaram trabalhando com as que pararam de trabalhar. A pesquisa analisou dados coletados de mais de 83 mil pessoas com 65 anos ou mais durante o período de 1997 a 2011.

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Foi examinada a associação do estado de saúde com a situação ocupacional dos indivíduos.
O resultado da pesquisa revelou que estar sem trabalhar, seja por desemprego ou aposentadoria, está associado com um maior risco de problemas de saúde. O estudo demonstrou ainda que, entre os que trabalhavam, aqueles que tinham maior atividade física no trabalho apresentavam um risco menor de ter a saúde comprometida.

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Isto pode sugerir que a atividade física regular devido à natureza do trabalho serve como um protetor contra doenças. No entanto, deve-se ter em conta que este tipo de pesquisa não estabelece relação causal entre eventos associados e uma interpretação possível dos resultados é que os indivíduos que têm boa saúde continuam a trabalhar "no pesado", enquanto os que têm saúde debilitada são encaminhados para serviços mais leves ou param de trabalhar.


Mesmo sem conseguir chegar a uma conclusão definitiva o estudo apresenta uma grande consistência na associação entre estar trabalhando e melhor estado de saúde. Mesmo para pessoas com alguma doença crônica, a atividade física e o engajamento social (que está associado a um melhor desempenho mental), são fatores que contribuem indubitavelmente para uma melhor saúde.

Deve ser considerado também que trabalhadores mais velhos produzem um efeito positivo no ambiente de trabalho, pois, em geral, são tão produtivos quanto os jovens, porém são mais cuidadosos e emocionalmente mais estáveis, qualidades estas que podem superar uma eventual limitação provocada por uma doença crônica.


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