Notícias

Paraná supera meta e vacina contra gripe 85,9% do público-alvo

20 mai 2016 às 19:14

A meta de vacinação contra a gripe na campanha deste ano foi batida: em todo o país, 41,1 milhões de brasileiros, ou 81,5% do público-alvo, já tinham se vacinado até o início da tarde desta sexta-feira (20), último dia da mobilização nacional. O estado do Paraná superou a meta, imunizando 85,9% do grupo prioritário – 1,9 milhão de pessoas. A expectativa do Ministério da Saúde era vacinar pelo menos 80% das 49,8 milhões de pessoas consideradas mais vulneráveis para complicações da gripe.

O Ministério da Saúde enviou aos estados 54 milhões de doses da vacina para imunizar as 49,8 milhões de pessoas que fazem parte do público-alvo. Vários estados anteciparam o início da vacinação. Desde a última sexta-feira (13), cem por cento das doses já haviam sido recebidas pelos gestores estaduais de saúde, que por seu turno são responsáveis pela distribuição aos municípios.


"Embora o encerramento da campanha esteja programado para esta sexta, os estados que ainda não alcançaram a meta, ou ainda possuírem doses disponíveis, podem seguir vacinando a população prioritária", explica o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antonio Nardi. Segundo o secretário, em todo o país, 22 estados puderam adiantar suas vacinações, o que permitiu a alta cobertura vacinal alcançada até este momento.


Até o momento, a região Sul apresentou o melhor desempenho em relação à cobertura vacinal contra a influenza, com 85,7%, seguida pelas regiões Sudeste (85%); Centro-Oeste (79,1%); Norte (76,7%) e Nordeste (75,6%). Dentre os grupos prioritários para a vacinação no estado do Paraná, os trabalhadores de saúde contam com 195,5 mil doses aplicadas, o que representa 82,6% dos profissionais a serem vacinados. Entre as puérperas, 19,2 mil já foram vacinadas (97,5%); 1,1 milhão de idosos (93,8%); crianças de seis meses a menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), com 514,3 mil vacinados (77,2%) e 78,9 mil gestantes (65,7%).


Com 15,3 mil doses aplicadas, 100,1 % dos indígenas que moram na região de saúde do estado do Paraná foram vacinados até o momento. Como a vacinação deste grupo é realizada em áreas remotas, a atualização dos dados segue outra dinâmica. Também foram aplicadas 570,7 mil doses nos grupos de pessoas com comorbidades, mais população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional do estado. Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, o que inclui pessoas com deficiências específicas, também devem se vacinar. Para esse grupo não há meta específica de vacinação.


Doses


O Ministério da Saúde adquiriu doses em quantidade superior ao público-alvo. "São mais de 4,2 milhões a mais. O quantitativo é suficiente para vacinar 100% do público-alvo, e ainda sobra reserva técnica", afirmou o secretário Nardi. Desde o dia 1º de abril as doses da vacina começaram a ser enviadas, em etapas, aos estados.


O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), João Gabardo, lembrou que o Ministério da Saúde cumpriu, rigorosamente, o combinado com os estados e municípios para a campanha nacional de vacinação contra a gripe no que diz respeito à entrega das vacinas e a quantidade de doses para imunizar o público-alvo. O cronograma foi cumprido, o que possibilitou a que muitos estados do país conseguissem, inclusive, adiantar a vacinação", destaca o presidente do Conass.


O presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Junqueira, reforçou a importância de seguir a recomendação do Ministério da Saúde para vacinação, apenas, do público prioritário. "Durante toda a campanha, conversamos com secretários municipais de saúde de todo o país para não vacinar quem está fora do público-alvo da campanha. Temos que dar prioridade para a população mais vulnerável que nós mesmos, dos municípios, definimos junto com os estados e governo federal", observou.


A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da OMS. Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.


Paraná


Foram disponibilizadas 3,1 milhões de doses da vacina para imunizar 2,9 milhões de pessoas no estado. O excedente entregue foi de quase 206 mil doses da vacina contra a influenza. O quantitativo é suficiente para vacinar 100% do público-alvo do estado, ainda restando reserva técnica.


Todos os anos o Ministério da Saúde recebe a vacina em etapas do laboratório produtor e, à medida em que chegam as doses, são distribuídas, imediatamente, aos estados. A partir do recebimento das vacinas, os estados podem definir estratégias de contenção, conforme suas análises de risco, para a vacinação da população-alvo.


CASOS DA DOENÇA – Neste ano, até 9 de maio, foram registrados 2.808 casos de influenza de todos os tipos no Brasil. Deste total, 2.375 por influenza A (H1N1), sendo 470 óbitos, com registro de um caso importado (o vírus foi contraído em outro país). Os dados constam no Boletim Epidemiológico de Influenza do Ministério da Saúde.


O Brasil possui uma rede de unidades sentinelas para vigilância da influenza, distribuídas em serviços de saúde de todas as unidades federadas do país, que monitoram a circulação do vírus influenza por meio de casos de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).


A Região Sudeste concentra o maior número de casos (1.381) influenza A H1N1, sendo 1.209 no estado de São Paulo. Outros estados que registraram casos neste ano foram Rio Grande do Sul (198); Paraná (165); Goiás (153); Santa Catarina (102); Pará (101); Rio de Janeiro (70); Bahia (67); Distrito Federal (63); Minas Gerais (52); Paraíba (12); Alagoas (12); Rio Grande do Norte (11); Mato Grosso (7); Amapá (2); Rondônia (1); Roraima (1); Maranhão (1); Piauí (1) e Sergipe (1).

Com relação ao número de óbitos, São Paulo registrou 223, seguido por Rio Grande do Sul (39); Goiás (26); Paraná (24); Rio de Janeiro (23); Santa Catarina (21); Pará (16); Bahia (15); Minas Gerais (14); Espírito Santo (14); Pernambuco (10); Mato Grosso do Sul (9); Paraíba (8); Ceará(6); Distrito Federal (6); Rio Grande do Norte (5); Mato Grosso (4); Alagoas (2); Amapá (2) e Maranhão (1).


Continue lendo