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Paraná registra menor índice de mortalidade infantil da história

18 mai 2016 às 20:12

A Rede Mãe Paranaense, que completa quatro anos neste mês de maio, se consolida como um dos principais programas de governo já implantados na rede pública de saúde do Paraná. O sucesso da iniciativa se traduz em números. Com a rede, o estado atingiu os menores índices de mortalidade infantil de sua história: 10,90 mortes para cada mil nascidos vivos, em 2015. Além disso, reduziu em 25,3% a mortalidade materna.

Segundo o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, mais do que bons números, a Rede Mãe Paranaense trouxe avanços na qualidade do atendimento a gestantes e bebês. "Pelo menos 407 vidas foram salvas graças as ações implementadas pelo Mãe Paranaense. São mortes maternas e infantis que foram evitadas, demonstrando que estamos no caminho certo", ressaltou.


Casos os indicadores de 2010 fossem mantidos, entre 2011 e 2015 teriam ocorrido 407 óbitos de mães e bebês. Apesar de ter sido lançada em 2012, a Rede Mãe Paranaense promoveu mudanças no fluxo de atendimento já em 2011.


Modelo


Inspirado no programa Mãe Curitibana, o Mãe Paranaense hoje ultrapassa divisas e serviu de base para a criação da Rede Cegonha, estratégia semelhante adotada pelo Ministério da Saúde. "Temos orgulho de ser exemplo para o país e isso se deve a excelência dos nossos profissionais de saúde que atuam na atenção materno-infantil", explicou Caputo Neto.


Atualmente, 82% das gestantes paranaenses realizam o pré-natal com, no mínimo, sete consultas e 17 exames. Se necessário, há a garantia de atendimento multiprofissional em ambulatórios especializados, como o Centro Mãe Paranaense. Hoje, pelo menos 18 regiões mantêm estruturas que funcionam neste modelo.


Alto risco


Além disso, 83% das grávidas sabem com antecedência em qual hospital ou maternidade dará a luz. Este sistema de vinculação do parto dá mais segurança e comodidade à gestante, que será atendida com estrutura e equipe profissional adequada para suas necessidades, de acordo com o risco da gestação.


Com isso, grávidas identificadas com gestação de alto risco têm o parto realizado em hospital com suporte de UTI, preparado para dar assistência a intercorrências mais graves. "A gestante fica mais segura, sabendo que está sendo atendida em um serviço de saúde altamente qualificado", explica o superintendente de Atenção à Saúde, Juliano Gevaerd.


Transformação


Para a coordenadora da Rede Mãe Paranaense, Márcia Huçulak, o desafio inicial de propor uma mudança de conceito na atenção materno-infantil foi alcançado. "Capacitamos mais de 35 mil profissionais com o intuito de implantar um novo modelo de atendimento, focado no trabalho em rede e no estabelecimento de uma linha de cuidado. Isso fez com que alcançássemos bons resultados. Agora queremos avançar, reduzindo ainda mais o número de mortes evitáveis", disse a coordenadora.


Com investimentos em estrutura física (obras e equipamentos), capacitação profissional e custeio dos serviços de saúde, a rede modificou a forma com que gestantes e bebês são atendidas na rede pública. Em quatro anos, mais de R$ 511 milhões já foram aplicados no setor.


Uma das principais medidas adotadas é a garantia de uma assistência qualificada e humanizada durante todas as fases da gravidez, desde o acompanhamento pré-natal até o primeiro ano de vida da criança.


Referências regionais


O desenho da rede foi planejado para que a gestante fosse atendida cada vez mais perto de casa. Para isso, foi necessário preencher vazios assistenciais, incentivando a abertura de serviços especializados no interior do Estado e definindo referências regionais para aqueles municípios que não têm maternidade.


Cobertura


Em média, 160 mil crianças nascem por ano no Paraná, sendo que 62% dos nascimentos são atendidos na rede pública de saúde, e consequentemente estão vinculado à rede Mãe Paranaense.


Encontro

Nesta quinta e sexta-feira (18), Curitiba sedia a 5ª edição do Encontro Estadual da Rede Mãe Paranaense. O evento reunirá mais de 1,6 mil profissionais de saúde, entre gestores, médicos e enfermeiros de todo o Estado. O objetivo é apresentar os avanços e discutir os desafios da Rede para os próximos anos.


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