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Paraná receberá R$ 46 milhões para rede de urgência

18 out 2011 às 16:00

O Paraná vai receber R$ 46 milhões por ano para financiar a implantação da rede estadual de urgência e emergência. A informação é do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que esteve em Curitiba para a abertura da 10ª Conferência Estadual de Saúde do Paraná. Segundo ele, o Estado também será um dos primeiros a participar da Rede Cegonha, projeto federal que vai realizar ações integradas com o programa Mãe Paranaense para a prevenção à mortalidade materno-infantil.

"O Paraná fez o dever de casa e montou seu o plano de urgência e emergência, que é um dos gargalos na saúde do país, e o ministério vai contribuir com recursos para essa rede", declarou Padilha. "A parceria com o programa Mãe Paranaense, que forma outra rede, vai garantir cuidado adequado e de qualidade às gestantes e aos bebês", disse o ministro.


Para mudar a realidade e melhorar o atendimento em pronto-socorros, de acordo com o ministro Alexandre Padilha, é preciso ter uma rede para atendimento rápido, humanizado e integrado. Por isso o ministério está implantando as Unidades de Pronto Atendimento - UPA 24 horas. No Paraná, são 43 unidades.


Além disso, o governo federal está ampliando o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU). No Paraná, o serviço está sendo regionalizado em parceria com o ministério e municípios. "Também é preciso garantir os leitos de retaguarda ao pronto socorro e ampliar o número de leitos de UTI, como vem sendo feito pela Secretaria de Saúde do Paraná, por meio do programa HospSUS", disse o Padilha.


O governador Beto Richa também participou da abertura da Conferência, que reúne cerca de 1.200 delegados de saúde de todo o Paraná em Curitiba. Ele afirmou que a presença do ministro Padilha confirma o bom relacionamento com o governo federal, o que é muito importante em uma área como a saúde. "É preciso unir esforços para garantir um atendimento mais humano e de qualidade para a população", disse. Richa reafirmou que o Paraná vai cumprir os princípios da Emenda 29 e destinar 12% da arrecadação estadual para a saúde em 2012.


O governador relembrou os esforços que o governo está fazendo para reformar e colocar em funcionamento vários hospitais que foram inaugurados sem ter condições de realizar atendimentos em quantidade e qualidade. "Já contratamos cerca de mil profissionais de saúde, compramos equipamentos e novos veículos. Tudo isso significa respeito ao cidadão que busca atendimento médico-hospitalar".


O secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto, ressaltou que em todas as conferências estaduais da área a grande crítica era o não cumprimento da Emenda Constitucional 29 pelo Paraná, que agora passa a ser um assunto superado. "Cumpriremos a Emenda e teremos R$ 340 milhões a mais para a saúde em 2012", disse o secretário.


Caputo afirmou ainda que, além dos R$ 46 milhões anunciados pelo ministro, o Paraná terá R$ 30 milhões de um programa do Banco Mundial para fortalecer as redes de urgência e emergência. "Com outros investimentos que começamos a fazer, podemos dar certeza do que vamos oferecer qualidade no atendimento à saúde", disse o secretário.

Entre os projetos em andamento estão a construção de 70 unidades básicas, para o programa de saúde da família; a construção de três novos hemonúcleos e a reforma de outros; e a criação de centros regionais de saúde, onde serão feitas consultas, exames, centro cirúrgico e hospital-dia, para as cirurgias eletivas; além de investimentos na capacitação de profissionais e na gestão do sistema (com AEN).


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