O Lacen (Laboratório Central do Estado do Paraná) encaminhou nesta terça-feira (11) para a Fiocruz, no Rio de Janeiro, as amostras de material coletado de caso suspeito do novo coronavírus de Ponta Grossa. O caso foi notificado ao COE (Centro de Operações em Emergências) do Paraná e os exames preliminares feitos pelo Lacen não apresentaram resultados para outros vírus respiratórios.
A notificação é de um menino de sete anos que esteve no sul da China, em Taishan, e que retornou ao Brasil no dia 30 de janeiro com familiares. No dia 6 de fevereiro, o garoto passou por avaliação médica e diagnosticado com sintomas leves de síndrome respiratória, tosse e febre. A família não apresenta sintomas e todos estão sendo acompanhados em domicílio pela Vigilância Estadual e Vigilância municipal.
Todas as medidas indicadas pelo Ministério da Saúde foram adotadas e o caso segue sendo monitorado pela Secretaria da Saúde do Paraná, por meio do COE e 3ª Regional de Saúde de Ponta Grossa, e Secretaria da Saúde de Ponta Grossa.
Rede
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, afirma que o Paraná está em alerta para possíveis casos do novo coronavírus. "Neste momento não temos casos da doença, mas nosso dever é de estar com estratégias e estruturas preparadas para um eventual atendimento. A rede estadual do Paraná conta com 60 hospitais para urgência e emergência”, afirma o secretário.
Desta rede, oito hospitais estão confirmados como estratégicos para o atendimento de possíveis casos. São eles: Complexo Hospitalar do Trabalhador, em Curitiba; Hospital Universitário do Oeste do Paraná e Hospital de Ensino São Lucas, em Cascavel; Hospital Universitário da Região Norte do Paraná, em Londrina; Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá; Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais, em Ponta Grossa; Hospital Municipal de Foz do Iguaçu Padre Germano Lauck e Hospital Regional de Maringá.
"O Paraná vem seguindo os trâmites e protocolos estabelecidos internacionalmente para a situação do Novo Coronavírus e estamos tratando todas as situações de fluxo de atendimento e de medidas preventivas de forma rigorosa e com toda transparência”, informou o secretário Beto Preto.
Sintomas
São considerados suspeitos e devem procurar as unidades de saúde pessoas com sintomatologia respiratória, incluindo febre, tosse e dificuldade para respirar, e que apresentam histórico de viagens para áreas de transmissão local (China) nos últimos 14 dias ou ter tido contato próximo com pessoas e casos suspeitos ou confirmados da doença.
Prevenção
O COES alerta para as informações de prevenção que, neste momento são as mesmas indicadas para outras síndromes respiratórias, como a Influenza. As principais medidas são: evitar contato próximo com pessoas com infecções respiratórias agudas; lavar frequentemente as mãos, especialmente após o contato direto com pessoas doentes e antes de se alimentar; usar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca ao espirrar e tossir; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres pratos, copos ou garrafas.