Notícias

Paraná é o 2º em notificação de infecção hospitalar

15 mai 2013 às 11:44

No Dia Nacional de Controle das Infecções Hospitalares (15), a Secretaria estadual da Saúde divulgou a análise das taxas de infecções hospitalares registradas em 2012 no Paraná. Os dados fazem parte do monitoramento realizado em estabelecimentos de saúde que alimentam o Sistema Online de Notificação de Infecções Hospitalares (SONIH), criado em 2009 pelo Governo do Estado.

De acordo com a avaliação da secretaria, a pneumonia relacionada à Ventilação Mecânica é a mais comum nas UTIs dos serviços de saúde. Em 2012, foram registrados 43 casos de infecções por este tipo para cada 1.000 procedimentos/dia nas UTIs Cirúrgicas; 22,1 nas UTIs Gerais; 21,28 nas UTIs Cardíacas; 6,67 nas UTIs Pediátricas e 9,62 nas UTIs Neonatais.


Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, este monitoramento é modelo para o país e possibilita que gestores públicos e os próprios serviços de saúde tenham mais subsídios para traçar medidas de controle de infecção hospitalar.


O Paraná é o segundo estado que mais notifica infecção hospitalar do país. "Isso não significa que temos uma situação mais grave aqui, mas que temos um sistema de notificação melhor, que permite um retrato mais real da situação dos nossos serviços de saúde", explicou o superintendente. Se comparado a 2010, a média mensal dos estabelecimentos de saúde que notificaram ao SONIH em 2012 foi 11% maior. Passou de 344 em 2010, para 382 em 2012.


A partir do segundo semestre, a secretaria prevê lançar uma nova versão do SONIH. Segundo o coordenador do Centro Estadual de Vigilância Sanitária, Paulo Costa Santana, o novo sistema permitirá que os serviços de saúde notifiquem qual microorganismo foi o responsável pela infecção. "Com isso, saberemos que tipo de microorganismo mais circula no Estado", afirma.


O Estado está ampliando a vigilância das infecções hospitalares, sobretudo por causa da ocorrência cada vez mais frequente de microorganismos multirresistentes, aqueles que possuem resistência à maioria dos antibióticos. Isso se deve, em grande parte, ao uso indiscriminado de medicações antimicrobianas.


VIDEOCONFERÊNCIA – O controle de infecção hospitalar também foi tema de uma videoconferência na sexta-feira (10). O objetivo foi sensibilizar profissionais de saúde de todo o Estado para a importância de manter hábitos de higiene que contribuem para a segurança dos serviços de saúde.


As infecções hospitalares são consideradas as principais causas de morbidade e de mortalidade nos serviços de saúde. Além disso, contribuem para aumentar o tempo de hospitalização do paciente, elevando o custo do tratamento.


Todo serviço de saúde está sujeito a infecções hospitalares, que podem estar relacionadas às condições de higiene do local. Para diminuir o risco de infecções, medidas simples devem ser adotadas por profissionais de saúde, pacientes e visitantes.

De acordo com a assessoria de imprensa, os números relacionados a cada município não vão ser divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde.


Continue lendo