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Pacientes com câncer estão vivendo mais tempo

03 dez 2014 às 17:35

Pessoas que têm câncer de mama ou de próstata no Brasil estão vivendo mais tempo. A informação está em um estudo publicado pela revista de saúde inglesa, The Lancet. Este estudo aponta que no Brasil, entre 2000 e 2005, a chamada taxa de sobrevivência para câncer de mama aumentou de 78% para 87% e no caso de câncer de próstata, o aumento foi ainda maior, chegando a 96% de sobrevivência.

Ou seja, as pessoas estão vivendo mais tempo, embora não fique, curadas. No caso do câncer de mama, o tempo de vida aumentou porque houve redução no número de mortes que acontecem depois das cirurgias. No caso do câncer de próstata, as pessoas estão vivendo mais tempo porque aumentou a quantidade de exames que fazem o diagnóstico da doença.


A assessora técnica da Secretaria de Atenção à Saúde, Maria inêz Gadelha, acredita que a pesquisa mostra que as politicas públicas de saúde no Brasil estão no caminho certo. "Quando uma revista da credibilidade do Lancet, da abrangência que ela tem e em um estudo tão amplo comparativo entre países chega a dizer que o Brasil está pareado com países mais desenvolvidos, realmente dá animo ver que as nossas politicas públicas estão tendo um resultado favorável".


A assessora técnica da secretaria de atenção à saúde, Maria inêz Gadelha, aproveita para lembrar que os hábitos de vida saudáveis são a melhor forma de prevenção ao câncer de mama e de próstata. "Das primeiras iniciativas é o auto cuidado, é a promoção da saúde.


É comer adequadamente, é não fumar, não ser sedentário, fazer algum tipo de atividade física, porque esses tumores, principalmente os de mama e os de próstata, são muito ligados a obesidade, a produção interna de hormônios sexuais. Os hormônios do sexo feminino que são os estrogênios e o do homem que é a testosterona".


A auxiliar administrativa de 35 anos, Lucineide dos Santos, descobriu em 2009 que tinha câncer de mama. Lucineide fez todo o tratamento pelo Sc. Ela conta que foi importante identificar o tumor logo no começo da doença. "Eu fui fazer o auto-exame, percebi um nódulo na mama, fiz cirurgia na rede pública, tirei toda a mama, fui chamada para fazer a reconstrução.


Eu fiquei em estado de choque quando eu descobri, passado esse estado de choque eu fui a luta, fui fazer meu tratamento que eu tinha que realmente fazer. É muito importante a prevenção. O quanto antes melhor descobrir. Estou mais tranquila, graças a Deus".

Em três anos, o investimento do Ministério da Saúde no diagnóstico e tratamento do câncer cresceu cerca de 40%, o que representa mais de dois milhões de reais em 2013. Atualmente o SUS oferece tratamento da doença em mais de 280 unidades hospitalares em todo o país.


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