Estudo
Férias escolares são sinônimo de felicidade para as crianças. O tempo livre significa dedicação quase que integral dos dias de descanso para brincadeiras e muita diversão. E é nesse período também que os pais devem redobrar a atenção para evitar as quedas que podem resultar em lesões e fraturas graves.
O médico ortopedista Paulo Marcel Yoshii, da Clínica Ortovita, de Londrina, reforça que o período de férias representa um aumento de 20% a 25% nos atendimentos a crianças em seu consultório. Geralmente crianças menores de 10 anos se machucam nos playgrounds e adolescentes tendem a apresentar mais lesões decorrentes da prática de esportes.
"Nesse período de férias, as atividades físicas e brincadeiras se intensificam e isso requer uma atenção especial dos responsáveis. Essas práticas requerem uma orientação correta para evitar lesões”, orienta o ortopedista de Londrina.
Yoshii aponta que mãos e punhos, por serem o primeiro ponto de apoio nas quedas e traumas ficam mais expostos a lesões e fraturas, que podem ocorrer em decorrência de quedas, boladas, torções e batidas. "Com a coordenação motora ainda em desenvolvimento, a velocidade de reação física das crianças é mais lenta em comparação com os adultos e isso pode implicar em quedas mais bruscas. Em traumas mais graves, a criança pode ter de passar por uma cirurgia, perder o restante das férias e exigir ainda mais atenção dos pais”, afirma o médico.
As lesões mais comuns registradas nesse período de férias escolares são contusões (traumas que afetam somente as partes moles das articulações) e lesões da cartilagem.
Para o ortopedista, os pais são aliados importantes na prevenção e devem estar sempre atentos a medidas que ajudam a evitar traumas e quedas, propiciando a seus filhos a oportunidade de praticar esportes de maneira saudável e segura.
O médico reforça que os pais precisam ficar atentos para alguns brinquedos que podem expor a criança a um risco maior de queda, como patins, bicicletas, skates e patinetes. "Ideal é sempre utilizar um kit de proteção, com cotoveleira, capacete e joelheira, além de procurar lugares mais abertos e planos para o uso destes brinquedos. É importante também ter um adulto para supervisionar as brincadeiras”, orienta Yoshii.
Outros tipos de acidentes, como queimaduras, afogamentos e intoxicação, também são recorrentes nessa época. A cozinha é um local que precisa de mais atenção. Por abrigar objetos como fogão, botijão de gás e utensílios como facas e garfos, os riscos de acidentes são maiores.
Em caso de quedas, traumas e outros acidentes com crianças, a orientação inicial é buscar um pronto atendimento para uma avaliação mais completa.