Em resposta ao surto de febre amarela no Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quinta-feira (30), que chegaram ao Brasil no dia 24 de março as 3,5 milhões de doses de vacina contra a doença. Elas faziam parte de um estoque de emergência controlado pelo Grupo de Coordenação Internacional sobre o Fornecimento de Vacinas.
Financiado pela Aliança Gavi, o carregamento será coberto em um estágio posterior pelo próprio governo brasileiro, que se comprometeu a pagar pela ajuda. O estoque de vacinas ainda terá de voltar a ser preenchido para que volte a ter 6 milhões de doses.
"O governo do Brasil, com o apoio da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e da OMS, está trabalhando para garantir a proteção de sua população e evitar uma proliferação ainda maior do vírus da febre amarela, que é transmitida a humanos por mosquitos", indicou a OMS. "O Brasil está conduzindo campanhas de vacinação em vários Estados, enquanto fortalece o monitoramento e administração de casos através do País, desde que o surto começou em janeiro de 2017."
Segundo a OMS, mais de 18,8 milhões de doses já foram distribuídas pelo governo, enquanto a entidade e outros organismos internacionais mobilizaram 15 especialistas estrangeiros para ajudar a dar uma resposta.
Ainda assim, o volume de vacinas produzidas no Brasil não era suficiente. No dia 14 de março, as autoridades nacionais formalmente solicitaram à entidade 3,5 milhões de doses, que chegaram ao Rio de Janeiro no dia 24 de março para serem usadas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.
No total, a OMS indica que já despachou para diferentes países africanos mais de 30 milhões de doses de vacinas em 2016.
No Brasil, o governo justificou que o pedido de doses extras é uma estratégia para não reduzir de modo significativo o estoque de imunizantes existente no País. Mas, com o Rio vacinando toda sua população, 15 milhões de doses serão necessárias.