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Novos casos do ebola são esperados para as próximas semanas

08 set 2014 às 17:23

Nesta segunda-feira (8) a Organização Mundial da Saúde (OMS), advertiu que o vírus ebola está se espalhando "exponencialmente" na Libéria e que "milhares" de novos casos são esperados nas próximas três semanas.

Segundo a agência da ONU, métodos convencionais para controlar o surto que já matou pelo menos 2,1 mil pessoas "não estão tendo o impacto adequado".


O surto atinge principalmente o oeste da África. Além da Libéria, Guiné, Serra Leoa e Nigéria já registraram mortes.
Apenas na Libéria, até a última sexta-feira, 1.089 pessoas de um total de 1.871 diagnosticadas já morreram, o maior índice dentre os países afetados.
A Libéria também é onde o maior número de casos foi registrado.


Esforços


Para a OMS, é preciso triplicar ou até quadruplicar os esforços no país e em outras nações africanas para enfrentar de forma adequada a doença.
A organização ainda destacou a situação no condado de Montserrado, onde eram necessárias 1 mil camas para atender aos pacientes com ebola.
Mas, como somente 240 estavam disponíveis, muitas pessoas não podiam ser aceitas nos centros de tratamento.
Segundo a OMS, os táxis usados para transportar os pacientes infectados pelo vírus parecem ser uma "fonte importante da transmissão do ebola".
O vírus se espalha pelo contato direto com sangue contaminado, fluidos corporais ou órgãos, e também indiretamente, pelo contato com ambientes contaminados.
A epidemia atual tem uma taxa de mortalidade de 55% dos pacientes infectados.


Ajuda


Para conter a epidemia, a maior já registrada, os Estados Unidos e o Reino Unido planejam enviar tropas para o oeste da África.


Segundo o presidente americano, Barack Obama, os militares ajudarão a estabelecer zonas de isolamento e a garantir a segurança dos profissionais de saúde.


Uma nova clínica com 25 camas será criada pelos americanos na Monrovia, capital da Libéria, para tratar os médicos e enfermeiros que foram contaminados durante seu trabalho.
Uma vez construída, a clínica será gerida pelo governo liberiano.


"Essa não é uma luta só da Libéria", disse o ministro de Informação do país, Lewis Brown. "É uma luta da comunidade internacional que deve ser travada de forma muito séria e com todos os recursos possíveis."


(Com informações bbc)


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