Quando o pólen das flores começa a buscar meio de reprodução é hora de ficar atento com os olhos super expostos aos processos da natureza e que reclamam neste período. O alerta é do oftalmologista do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), Victor Saques Neto.
A primavera inicia hoje no Hemisfério Sul e os casos de reclamações de irritação ocular tendem a se intensificar nos consultórios oftalmológicos a partir desta data, prevê.
É preciso adequar os hábitos nesse período, segundo Saques, para conviver em harmonia com o pólen, fundamental para o reflorescimento. Especialmente as crianças, mostram-se um alvo muito evidente da ceratoconjuntivite primaveril, que normalmente se intensifica durante o verão e a primavera, quando o tempo está quente e seco. É crônica e invariavelmente presente nos dois olhos, esclarece.
Diagnósticos - Alguns desconfortos característicos deste período levam pacientes ao médico e é importante, conforme o oftalmologista, "alertar que a auto-medicação é a pior escolha para resolver os impactos deste momento nos olhos".
Alguns dos diagnósticos mais freqüentes neste período são a Síndrome do Olho Seco e as conjuntivites alérgicas. Os tratamentos de cada um são específicos e se não feitos adequadamente, podem transformar o desconforto em problema, diz.
Ardência, vermelhidão e sensação de corpo estranho são as principais características da Síndrome do Olho Seco.
Já a conjuntivite alérgica provoca principalmente prurido ocular (coceira) e pode estar associada a alergias sistêmicas, normalmente respiratórias (ácaros, fungos e mofo) ou alimentares e medicamentosas. "Essas não são contagiosas e não impedem o convívio social do portador", assinala o oftalmologista. As conjuntivites infecciosas, que se manifestam por outras razões, é que são contagiosas.
De acordo com Victor Saques, a estimativa é de que 20% da população mundial apresente algum tipo de conjuntivite alérgica que se manifesta em qualquer idade. "Pólen de flores, poeira, ácaros oriundos de livros empoeirados ou outras fontes, aparentemente inofensivas, podem ser alergenos responsáveis pela geração de uma conjuntivite alérgica", adianta (com ATF Comunicação Empresarial - Assessoria de imprensa do HOB).