No próximo final de semana, mulheres de 13 cidades brasileiras vão protestar nas ruas pelo direito de escolher o local de nascimento dos filhos no momento do parto. No Paraná, a Marcha do Parto em Casa será realizada em Curitiba, no sábado (16) às 11h, na Boca Maldita.
O protesto está sendo organizado em resposta ao Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, que informou na última segunda-feira (11), que irá denunciar o médico-obstetra, Jorge Kuhn, por ter se posicionado favorável ao parto domiciliar.
O médico-obstetra e professor da UNIFESP defende que o domicílio é como um local seguro para o nascimento de bebês de mulheres saudáveis com gestações de baixo risco, segundo recomendação da própria Organização Mundial de Saúde.
De acordo com estudo apresentado pela organização da marcha, mais de 300 mil mulheres planejaram dar à luz em casa enquanto pouco mais de 160 mil tinham a intenção de dar à luz em hospital. Não houve diferenças significativas entre partos domiciliares e hospitalares planejados em relação ao risco de morte intraparto, morte neonatal precoce e admissão em unidade de cuidados intensivos.
"Entre as reivindicações, além da defesa pelo direito à liberdade de escolha, pela humanização do parto e nascimento e pela melhoria das condições da assistência obstétrica e neonatal no país, também está a denúncia às altas taxas de cesarianas que posicionam o Brasil entre os primeiros colocados do ranking mundial", acrescenta a organização do evento.