O número de mortes por dengue no Brasil passou de 312 de 1º de janeiro a 16 de outubro de 2009 para 592 no mesmo período de 2010, o que representa um aumento de quase 90%, segundo o Ministério da Saúde.
As notificações também cresceram 90%: de 489.819 no ano passado para 936.260 neste. Cerca de 70% das ocorrências concentram-se nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Acre, segundo Giovanini Coelho, coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue.
O Ministério da Saúde alega que a volta da circulação do tipo 1 da doença contribuiu para esse aumento. De acordo com o governo, em quase todos os Estados grande parte da população não tem imunidade a esse sorotipo. A dengue tipo 1 predominou no País no fim da década de 90.
Segundo resultado parcial do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), 15 municípios estão em situação de risco de surto da doença - entre eles duas capitais, Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO). Do total de municípios nesta situação, 11 estão no Nordeste, três no Norte e um na Região Sudeste.
Entre 2009 e 2010, o número de mortes por dengue subiu de 312 para 592 (aumento de quase 90%), e os casos graves, de 8.714 para 14.342. O ministério aponta 10 Estados com risco muito alto de epidemia: Amazonas, Amapá, Maranhão, Ceará, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia e Rio de Janeiro, que deverão ser visitados pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão. "(A dengue) É um problema muito sério de saúde pública, estamos investindo muito no desenvolvimento de uma vacina, já temos o protótipo sendo testado, mas não teremos uma vacina disponível entre pelo menos 3 e 5 anos", afirmou o ministro.