O Ministério da Saúde avalia comprar a vacina Coronavac do Instituto Butantan se houver necessidade. A pasta tem cerca de 6 milhões de doses em estoque que serão distribuídas aos estados.
A pasta decidiu que vai incorporar a Coronavac à campanha de vacinação contra a Covid-19 de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. O anúncio deve ser realizado nesta sexta-feira (21).
Segundo o secretário-executivo do ministério, Rodrigo Cruz, foi enviado um ofício para saber a quantidade de doses disponíveis ao Instituto Butantan, que respondeu ter 7 milhões.
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No entanto, a pasta espera a resposta dos estados para saber quantas doses há em estoque para avaliar se há necessidade de realizar a compra. A previsão é que a decisão seja tomada na próxima semana.
"A partir do recebimento das informações a gente vai ter uma ideia da necessidade de doses a adquirir e a gente efetiva, se for o caso, alguma compra com a Coronavac, a gente está disposto a negociar", informou Cruz a jornalistas nesta sexta-feira (21).
O secretário disse à reportagem que a compra ainda não é certa, será realizada se houver necessidade.
Cruz diz ser necessário saber o estoque dos estados e municípios também para conseguir fazer uma distribuição equânime entre as unidades da federação das doses em estoque. Será encaminhado um estoque emergencial para quatro estados que não possuem nenhuma dose disponível.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso emergencial da vacina Coronavac em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos nesta quinta-feira (20).
A agência aceitou que a dose aplicada em crianças seja a mesma utilizada em adultos, com intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda.
Como a vacina é do mesmo modelo aplicado em adultos, estados já se planejam para destinar doses estocadas ao público mais jovem. São Paulo começou a vacinação com o imunizante nesta quinta.
A Anvisa já tinha autorizado em 16 de dezembro o uso da vacina da Pfizer para imunizar crianças de 5 a 11 anos.
No dia 5 deste mês, o Ministério da Saúde anunciou que crianças receberiam a vacina sem a necessidade de apresentação de prescrição médica.
A campanha foi aberta na última sexta (14) em São Paulo. O primeiro imunizado foi Davi Seremramiwe Xavante, um menino indígena de 8 anos.
A vacinação de crianças e adolescentes é tema sensível no governo Jair Bolsonaro (PL), pois o mandatário distorce dados e desestimula a imunização dos mais jovens. Ele chegou a ameaçar expor nomes de servidores da Anvisa que aprovaram o uso do produto da Pfizer em crianças.