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Meta é vacinar 110 mil contra paralisia em Curitiba

13 jun 2012 às 10:22

Neste sábado (16) é dia de vacinar as crianças com até cinco anos incompletos contra a paralisia infantil ou poliomielite. Em Curitiba, as duas gotinhas que protegem contra a doença serão aplicadas em 267 locais, entre unidades de saúde e postos volantes, das 8h às 17h. A meta é vacinar pelo menos 108.533 das 114.246 na faixa etária residentes na cidade, o que representa 95% da população alvo.

A vacinação faz parte da campanha nacional de imunização contra a poliomielite. Pela primeira vez em 33 anos da ação e por decisão do Ministério da Saúde, a dose será ofertada em apenas uma etapa. Até o ano passado a campanha abrangia duas etapas, em geral realizadas em junho e em agosto.


Em cada uma delas a criança recebia uma dose – duas gotinhas e, depois, mais duas. Dessa vez, quem não conseguir ir a um posto de vacinação no sábado poderá procurar a dose em qualquer uma das 109 unidades básicas de saúde até 6 de julho, nos dias e horários de funcionamento de rotina.


Apesar disso, a diretora do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Karin Luhm, convoca os pais e demais responsáveis pelas crianças em idade de vacinação a levá-las para tomar a dose única de reforço no sábado (16). "Como é um dia em que as pessoas têm mais tempo livre, se for o caso, podem também completar o esquema das vacinas em atraso. Além disso, o ideal é que todas as crianças tomem a dose no mesmo dia para fazer fortalecer a barreira contra o vírus causador da doença", argumenta. "Não deixem de levar a Caderneta de Saúde da Criança para os vacinadores conferirem todas essas informações", completa.


Além disso, a data também é favorável para quem tem crianças em idade de vacinação contra a gripe (de 6 meses a 2 anos incompletos) e precisam tomar o reforço da vacina contra a gripe, aplicada na coxa. "Esse é o caso somente das que não tomaram nenhuma dose na campanha do ano passado", lembra Karin. Quem tem crianças nessa condição devem procurar tanto essa vacina quanto as gotinhas em uma unidade de saúde convencional, já que os postos volantes não aplicam vacina injetável.


No ano passado a campanha de vacinação contra a paralisia infantil imunizou, em Curitiba, 122.156 crianças na primeira fase (106,9% de cobertura) e 114.246 ma segunda (103,5%). Os dados indicam que crianças de outras cidades se vacinaram aqui.


A doença não registra casos no Brasil desde 1989, no Paraná desde 1986 e em Curitiba desde 1985.

Mesmo assim, as campanhas continuam na agenda do Ministério da Saúde porque o vírus ainda circula no mundo e é a doença é considerada endêmica pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no Afeganistão, na Nigéria e no Paquistão. A Índia saiu recentemente dessa lista. Porém, Angola, Chade e Congo, que já estiveram livres da doença, voltaram a registrar casos em 2012.


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