Um novo estudo descobriu que as meninas tendem a nascer com espinhas dorsais menores e mais fracas que os meninos. A descoberta talvez tenha implicações daqui a alguns anos.
No artigo da edição de agosto do periódico The Journal of Pediatrics, os pesquisadores estudaram imagens magnéticas que mediram tecido adiposo, músculos e ossos de 70 recém-nascidos cujo nascimento foi a termo, sendo que 35 eram meninas. Os meninos tinham um pouco menos de tecido adiposo e um pouco mais de músculos que as meninas -- diferença que não era significativa em termos estatísticos. Também não foram encontradas grandes diferenças nas medições de peso, comprimento, medida da circunferência da cabeça e da cintura e no comprimento da espinha dorsal.
Todavia, as vértebras das meninas eram, em média, 10,6 por cento menores que as dos meninos, diferença que não dependia da idade gestacional, do peso ao nascer e do comprimento corporal. Os outros ossos do corpo não apresentaram diferenças.
Em geral, as mulheres estão até quatro vezes mais propensas a sofrer fraturas da coluna que os homens e a fragilidade está mais relacionada ao tamanho da vértebra que à densidade do osso.
Vicente Gilsanz, principal autor e radiologista do Hospital Infantil de Los Angeles, afirmou que uma coluna mais delgada e dobrável talvez traga vantagens e desvantagens. Ela fornece maior flexibilidade, permitindo um caminhar ereto durante a gestação, quando o peso do feto estira e arqueia a coluna. Todavia, essa característica também aumenta o risco de fraturas de vértebras com o avanço da idade.
(com informações do site UOL)