Quatro médicos foram afastados da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Apucarana, Norte do Paraná, após a abertura da sindicância que vai apurar a responsabilidade dos plantonistas na morte de um menino de 11 anos que faleceu na madrugada de sábado (12) no Hospital da Providência.
Depois de passar por quatro médicos e realizar exames de raio-x, Roberto Camargo Filho foi encaminhado para a UTI do hospital, onde morreu por conta da evolução do quadro para uma trombose. De acordo com a família, uma suposta fratura no pé da criança não teria sido diagnosticada pelos médicos.
Em entrevista ao Portal Bonde, o secretário municipal de Saúde, Hélio Kissina, justificou que o afastamento é um procedimento padrão por causa da abertura da sindicância. Ele também explicou que não é possível que os médicos realizem outras funções durante o período de apuração. De acordo com o secretário, a "falta por questão administrativa" pode ser compensada durante plantões.
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"O afastamento também é importante para preservar a integridade física dos médicos até o fim da sindicância. Hoje, já enfrentamos alguns problemas por conta do clima difícil durante atendimentos na UPA. A sindicância tem 30 dias para ser concluída, mas esperamos terminar o mais rápido possível para dar uma resposta à sociedade", afirmou.
Conforme Kissina, a sindicância, que tem o objetivo de apurar se houve falha ou não no atendimento, pode culminar em advertência, suspensão e até na exoneração dos servidores envolvidos.
O secretário adiantou que o Hospital da Providência já confirmou que o menino não sofreu fratura. "O quadro do paciente foi atípico. Até a equipe da UTI teve algumas dúvidas sobre a sequência dos fatos. Por isso, a sindicância é importante para apurar a responsabilidade dos médicos", comentou.
"O último profissional que atendeu o menino na UPA levantou a hipótese de suspeita de fratura antes do paciente ser levado pela ambulância avançada do Samu para o Hospital da Providência", acrescentou.