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Médicos do PR decidem na segunda-feira se entram em greve

19 jul 2013 às 12:14

Os médicos do Paraná voltam a se reunir em assembleia geral na próxima segunda-feira (22), a partir das 19 horas, na Sede da Associação Médica do Paraná (AMP), em Curitiba, para decidir se entram em greve por tempo indeterminado. Independentemente da decisão, porém, no dia seguinte eles já devem cruzar os braços por 24 horas, acompanhando o movimento das entidades médicas nacionais.

No Estado, além da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Médica Brasileira (AMB), o movimento é conduzido pelo Sindicato dos Médicos (Simepar), pelo CRM e pela AMP, com apoio dos Diretórios de Estudantes de Medicina.


Os profissionais protestam contra os vetos da lei do ato médico (12.842/2013) e contra a Medida Provisória (MP) 621 (que instaura o programa "Mais Médicos"). De acordo com as entidades, as medidas representam "um duro golpe" na carreira e, por isso, vêm causando forte indignação.


Na última assembleia, realizada na terça-feira (16), os médicos deliberam por entrar em estado de greve, que serve como alerta da possibilidade iminente de paralisação. O Simepar informou que enviou ofíocio aos gestores públicos, aos representantes dos empregadores, ao Ministério Público do Paraná (MPPR) e ao Ministério Público do Trabalho (MPT) a respeito da mobilização da categoria e da paralisação de 24h.


Segundo o Simepar, serão mantidos os atendimentos de urgência e emergência, conforme determina a legislação, e novas paralisações serão comunicadas oportunamente. O sindicato também orienta os médicos que desejam aderir ao movimento que comuniquem seus pacientes, colegas de trabalho e chefias sobre a paralisação. "Qualquer represália por parte dos empregadores deve ser imediatamente comunicada ao Sindicato para que as medidas cabíveis sejam tomadas. Os médicos têm pleno direito à greve desde que respeitem a legislação", diz trecho de nota.

Para o presidente em exercício do sindicato, Murilo Schaefer, a adesão ao movimento nacional deverá ser muito grande. "Vamos mostrar para sociedade que os médicos não são os vilões da saúde pública", disse.


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