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Médicos ameaçam parar atendimento em Londrina

30 mar 2010 às 10:10

Assembleias dos médicos plantonistas dos hospitais Evangélico, Santa Casa e Infantil, realizadas na manhã desta segunda-feira (29), definiram pela paralisação dos serviços nos pronto socorros a partir de quinta-feira (1), quando expira o prazo dado ao munícpio, gestor do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os médicos queixam da defesagem salarial e atraso no recebimento de honorários. Representantes da categoria encaminharam ofícios ao município com pedido de negociação entre as partes.


Ano passado, os médicos paralisaram os serviços. Muitos pediram demissão e houve colapso do sistema.


O secretário Agajan Der Bedrossian teria informado que a prefeitura está realizando estudos internos para identificar qual a possível fonte para o pagamento dos adicionais.



Repercussão


Em entrevista à rádio CBN, o diretor médico do Hospital Evangélico, Osney Moure, disse que os profissionais decidiram encaminhar hoje um novo ofício para a prefeitura e aguardar o posicionamento da administração municipal. Pelo menos por enquanto ele garante que a paralisação não está definida. Moure relatou que os plantonistas ainda não disponibilizaram as escalas referentes ao mês de abril e que preferem aguardar as negociações para apresentá-la a direção do hospital.


"Nós estamos aguardando, nós temos de concreto escalas de sobreaviso, que são os plantões a distância, até o dia 31 de março. A partir de 1º de abril essas escalas não existem, elas não foram disponibilizadas pelos plantonistas envolvidos, no sentido que se aguarde uma definição do município com relação à maneira de como vai ser trabalhado daí por diante".

Também à CBN, o diretor clínico da Santa Casa, Weber Arruda Leite, afirmou que um documento enviado na manhã desta segunda-feira à secretaria de Saúde reivindicava uma nova reunião urgente. Já o diretor do Hospital Infantil, Yoshihiro Ito, informou que os valores pagos aos profissionais são baixos e que seria necessário rever a quantia repassada aos médicos. Segundo ele, hoje é pago R$ 160 por cada plantão 24h a distância. Como 60% dos antendimentos dos hospitais filantrópicos correspondem a pacientes do SUS deveria ser pago R$ 290 por plantão, segundo ele. (com rádio CBN)


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