A Corregedoria do Município de Londrina concluiu processo administrativo interno aberto contra um médico admitido via concurso público para trabalhar no Samu, mas que não apresentou justificativas quando ausentava-se do serviço. O caso ocorreu entre janeiro e dezembro de 2015, e foi denunciado pelos próprios funcionários da emergência, que notaram a falta do profissional durante os plantões, prejudicando assim o atendimento de ocorrências.
Com o fim das investigações, a Corregedoria optou pela demissão do funcionário público, que continua trabalhando depois da apresentação da defesa. O recurso ainda não foi julgado pelo conselho do órgão de fiscalização. De acordo com o corregedor-geral do Município, Alexandre Tranin, ninguém era comunicado da ausência do médico. "Durante as diligências, constatamos que nenhum documento oficial, até mesmo um atestado, era apresentado para os superiores", disse.
Outro médico que ingressou no serviço municpal é alvo de um processo aberto pela Corregedoria. Desta vez, o profissional solicitou 35 dias de afastamento após problemas de saúde, que foram confirmados. Porém, o servidor trabalhava na mesma função de forma estatutária na Prefeitura de Sarandi, na região metropolitana de Maringá, no Noroeste do Estado, e com a Secretaria Estadual de Saúde. "Enquanto estava afastado, o médico cumpria carga horária nos outros dois serviços, o que não é permitido", ressaltou Tranin.
Assim como na primeira denúncia, o acusado continua trabalhando em Londrina. Ele foi exonerado de Sarandi após o início das investigações. "Ainda não data para a apreciação dos recursos", pontuou o corregedor-geral. Só até agosto deste ano, a Corregedoria recebeu 110 denúncias envolvendo servidores municipais. No ano passado, foram 98 em comparação ao mesmo período.