Delegados da Polícia Civil disseram, em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (20), que acreditam em antecipação de morte de pessoas que não tinham doenças incuráveis no caso que envolve a médica chefe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico de Curitiba. Ela foi presa na terça-feira (19), suspeita de prática de eutanásia, e poderá ser denunciada por homicídio.
Segundo a Polícia Civil, o caso não seria exatamente a eutanásia, quando os médicos apressam a morte de um paciente que está com quadro irreversível, com consentimento ou do paciente ou dos familiares. No caso investigado pela polícia, a médica é suspeita de antecipar a morte de pacientes que possivelmente não estavam com doença incurável ou quadro irreversível.
Caso a investigação comprove esses indícios, a médica poderá ser condenada na Justiça por homicídio. A Polícia Civil ainda disse que há um ano investiga o caso, mas decidiu pedir a prisão da acusada somente agora porque existiam indícios de que novos casos de mortes induzidas poderiam acontecer na UTI do Hospital Evangélico.
Os policiais não puderam dar mais detalhes sobre o caso porque a maior parte da investigação é feita em sigilo. As mortes de pacientes na UTI do Evangélico serão investigadas desde quando a médica assumiu a chefia do setor, em 2006. Ainda não há informações de quantas pessoas morreram supostamente por causa de atitudes da médica. (com informações de Rubens Chueire Jr., da Folha de Londrina)