A pandemia descontrolada de Covid-19 no Brasil continua a gerar números elevadíssimos. Nesta quinta (1º), foram registrados 3.673 mortes pela Covid e 89.459 casos da doença. É o segundo maior número de óbitos em 24 h documentado na pandemia. Já a média móvel de mortes, pela sétimo dia seguido, bateu recorde e chegou a 3.119.
Dessa forma, o país chegou a 325.559 óbitos e 12.842.717 pessoas infectadas pela Covid desde o início da pandemia.
O recorde de mortes em 24 h no Brasil é de 3.950, registrado na quarta (31), dia que fechou o pior mês da pandemia no país, com mais de 66 mil mortes por Covid. Já o recorde anterior de média móvel de óbitos era de 2.971.
A média é um instrumento estatístico que busca suavizar variações que ocorrem nos dados, como em finais de semana e feriados. Nesses dias, costumam ocorrer atrasos de notificação de mortes nas secretarias de saúde.
Não é recente os elevados números da média. Ela se encontra há 16 dias acima de 2.000 mortes por dia e há 71 dias acima de 1.000. É possível observar o reflexo de tamanho morticínio também nos dados gerais. No dia 1º de fevereiro, o Brasil tinha 225.143 mortes por Covid desde o início da pandemia. Dois meses depois, mais de 100 mil brasileiros morreram pela doença.
Os dados do país, coletados até as 20h, são de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diariamente com as secretarias de Saúde estaduais.
O consórcio de imprensa também atualizou as informações repassadas sobre a vacinação contra a Covid-19 por 23 estados e o Distrito Federal.
Já foram aplicadas no total 23.807.845 doses de vacina (18.584.301 da primeira dose e 5.223.544 da segunda dose), de acordo com as informações disponibilizadas pelas secretarias de Saúde.
Isso significa que somente 11,55% dos brasileiros maiores de 18 anos tomaram a primeira dose e só 3,25%, a segunda.
Nas últimas 24 horas, 963.429 pessoas tomaram a primeira dose da vacina e 131.933, a segunda.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.