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No Paraná, 192 municípios já contam com ouvidorias municipais do SUS, implantadas com o apoio do Governo do Estado. A rede de ouvidorias do Sistema Único de Saúde vem sendo expandida nos últimos três anos. Em 2011, o Estado contava com apenas 32 ouvidorias municipais estruturadas. Atualmente esse número é cinco vezes maior, com a implantação do serviço em mais 160 municípios.
O serviço de ouvidoria também foi implantado em 19 hospitais e unidades próprias do Estado, ampliando o acesso da população a este canal, que permite a comunicação entre usuários e gestores da rede pública de saúde.
Além disso, foi realizada a criação de ouvidorias em 18 consórcios intermunicipais de saúde, responsáveis por administrar grande parte dos centros de especialidades existentes no Estado.
COMEMORADO - Todo esse trabalho é coordenado pela Ouvidoria Estadual do SUS, ligada à Secretaria de Estado da Saúde. "Quase metade dos municípios já contam com ouvidorias específicas para a área da saúde. Isso é algo que deve ser comemorado, mas agora temos o desafio de alcançar o restante do Estado e qualificar o serviço que já é ofertado", ressaltou a ouvidora estadual da Saúde, Oliva Vasconcellos.
QUEM AINDA NÃO TEM - A população das cidades que ainda não têm ouvidoria estruturada podem enviar suas denúncias, reclamações, pedidos de informação, elogios e sugestões relacionadas à área da saúde pelo site www.saude.pr.gov.br ou através do telefone 0800 644 4414. As demandas são apuradas pela ouvidoria regional de saúde e respondidas em um prazo máximo de 90 dias, dependendo do teor da manifestação.
PROJETO PIONEIRO - Desde 2012, o Estado também promove ações itinerantes levando urnas da ouvidoria às praias, durante a temporada de verão, e a grandes eventos regionais, como feiras agropecuárias. O projeto foi pioneiro no país e é reconhecido nacionalmente como exemplo de iniciativa para facilitar o acesso do cidadão à ouvidora e aos serviços do SUS.
ENCONTRO – Nesta quarta-feira (28), a Secretaria da Saúde reuniu em Curitiba ouvidores regionais e de hospitais para apresentar experiências de outros Estados na organização do fluxo de atendimento às demandas recebidas. O evento contou com a participação das ouvidoras do Ceará, Ana Paula Lessa, e de Roraima, Eleonora Melo.
"Essa troca de experiências é importante para que o setor de ouvidoria se fortaleça em todo o país. E é desta forma, com diálogo entre os ouvidores, que trabalhamos em nosso Estado", disse a ouvidora do SUS no Ceará.
Ana Paula explica que a solução encontrada para formalizar esse diálogo foi a criação de um fórum permanente de discussões entre os ouvidores do SUS. Além de encontros presenciais, o grupo também se utiliza das redes sociais para abrir um espaço de debate e divulgação das ações realizadas por cada município.
Já a representante de Roraima destacou a importância do serviço de ouvidoria se adaptar à realidade de cada região. Por conta de dificuldades de conexão, o sistema online de ouvidoria indicado pelo Ministério da Saúde não opera de forma adequada em nenhum município do Estado. Isso descarta a possibilidade das demandas serem enviadas via internet.
"Por isso, foi necessário estabelecer um controle mais rígido no encaminhamento das manifestações. Todos os processos tramitam fisicamente, o que aumenta o risco de extravio e inspira maior atenção dos ouvidores", afirmou Eleonora.
Durante o evento, também foram relatadas experiências positivas desenvolvidas no interior do Paraná. Em Guarapuava, por exemplo, a Regional de Saúde auxiliou na implantação de ouvidorias em hospitais filantrópicos e privados que prestam serviços ao SUS.