Doença crônica
Um grupo formado por 70 mulheres de Londrina e região fará um protesto neste sábado, no Calçadão, para pedir o fornecimento de um remédio utilizado no combate ao câncer. O medicamento Asparaginase não vai ser mais fabricado no Brasil. O comunicado foi feito em dezembro pelo Laboratório Bagó.
De acordo com uma das organizadoras do protesto, Cícera Leandra Catarino, o produto já está em falta em alguns hospitais do país. "Precisamos de uma resposta. Não podemos esperar que esses medicamentos acabem", contou. Cícera é mãe de um menino de dois anos e meio que luta contra a leucemia.
O remédio é fornecido gratuitamente para o combate à leucemia linfóide aguda, mais comum em crianças. "O número de doses depende do tratamento de cada paciente", explicou Cícera. A ONG Viver, que fornece suporte para crianças em tratamento contra o câncer, também apoia a manifestação.
A coordenadora da farmácia do Hospital do Câncer de Londrina, Josiane Valadão, destacou que o laboratório comunicou, na última semana, que tem a intenção de fabricar o medicamento por mais seis meses. "Os representantes nos disseram que nós poderíamos comprar o remédio em um distribuidor, mas os medicamentos ainda não chegaram por lá", afirmou.
Josiane destacou que o hospital compraria as doses com recursos do SUS. A administração também está preocupada com a situação, já que restam poucas ampolas em estoque no hospital. "Esse é um medicamento essencial para esse tipo de tratamento", reforçou a coordenadora do setor.
O protesto está marcado para este sábado, às 9h da manhã, em frente ao Banco do Brasil no Calçadão. A intenção é coletar 5 mil assinaturas e encaminhar o abaixo-assinado ao Ministério da Saúde.